Comando da Zona Militar Norte (ZMN), em cima. Em baixo, a parada do BC12
A 24 de Julho de 1975, no BC12 e outros espaços militares, ultimava-se a partida da coluna para Luanda, que sairia ao outro dia e com passagem por Salazar. Pela estrada do café - a mais directa para a capital, passando pelo Quitexe, Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange, depoís Úcua e Quibaxe - , por essa estrada era impossível, pois a FNLA estava estacionada perto do Caxito, preparando o ataque a Luanda e por lá combatia com o MPLA.
Sabe-se hoje, não no tempo, que o comandante da força seria Daniel Chipenda. «Desta marcha da FNLA sobre Luanda ainda há poucas notícias e as informações são contraditórias, Sabe-se, no entanto, que os combates prosseguem na região do Caxito, a uns 50 quilómetros da capital. Ao que se diz, Daniel Chipenda estaria à frente dessa «coluna», a qual englobaria alguns blindados», relatava o Diário de Lisboa de 24 de Julho, há 39 anos.
Voltando a Carmona e à viagem que se preparava para o dia seguinte, havia certezas: agora, era o «vai-ou-racha»!! Nada impediria as NT de avançar!!! Muitos civis, refugiados, continuavam a chegar à cidade. Refugiados da FNLA.
O livro «Segredos da Descolonização", de Alexandra Marques, dá conta de uma mensagem desse dia 24 de Julho de 1975, de Luanda para Lisboa: «Era impossível manter Santo António do Zaire a todo o custo» (...) e «era absolutamente necessário, também, e em simultâneo, evacuar a tropa e a população de Carmona e Negage, pela força, se necessário, fosse».
O Presidente Costa Gomes considerou «inaceitáveis» os «termos do ultimato relativo às condições de saída de Carmona e Negage», mas aceitava que «uma coluna militar poderosa» e «um agrupamento de tropas especiais, artilharia, blindados e todo o apoio aéreo possível evacuassem as duas cidades».
A saída dos Cavaleiros do Norte estava marcada para começar a 3 de Agosto.
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