Cruz e Viegas na avenida do Quitexe. Atrás, o bar dos praças e o telheiro onde
eram dadas as aulas regimentais. O Livro de Leitura da 4ª. classe das aulas regimentais
A noite de 10 para 11 de Julho de 1974, há 40 anos!!!, registou tumultos em Luanda, nos bairros periféricos, dos quais poucos ecos nos chegaram ao Quitexe. Tardios e pouco circunstanciados. E não eram os melhores: lançaram o pânico entre a população e, dias depois, chegaram os números: 12 mortos e 60 feridos.
O comandante Almeida e Brito, na véspera, esteve reunido com os povos do Quitoque e Quimassai, que ficavam na estrada de Carmona.
Começam as aulas regimentais, com, pelo menos, os professores Cruz (o nosso mais velho), Viegas e Neto - que, sob o telheiro da foto, ensinaram a alguns Cavaleiros do Norte da CCS o bê-à-bá suficiente para fazerem a sua 4ª. classe.
Recordo o carinho muito especial que dedicámos ao Cabrita, o soldado básico da CCS e companheiro sempre disponível por toda a nossa jornada africana de Angola. Ter a 4ª. classe era a sua maior ambição, para conseguir ter carta de barco, ser patrão de pesca. Era pescador, filho de pescador e ainda hoje, em Cascais, se dedica à pesca de mar, em situação de pré-reforma que o levou já a vender o barco próprio (o Dulce Marina), que tantas vezes vi ancorado na baía. Mas ainda vai ao mar, todas noites! Abençoadas aulas regimentais do Quitexe!
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