CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 15 de julho de 2014

2 113 - Mais de 300 mortos em Luanda, 14 de Julho de 1975!


FNLA. Delegação da Estrada de Catete, vista do lado do Grafanil (net). Em 
baixo, a primeira página do Diário de Lisboa de há 39 anos, 14 de Julho de 1975



A 14 de Julho de 1975,  Luanda acordou em mais mais uma madrugada de rebentamentos de armas pesadas, a partir das 5,30 e e por mais de duas horas. A acalmia da véspera, resultou, leio no Diário de Lisboa, «num tipo de violência nunca visto». Os resultados foram dramáticos. Mais de 300 mortos!!! Provavelmente muitos mais.
Ainda citando o Diário de Lisboa, «várias delegações da FNLA foram destruídas e ocupadas pelo MPLA». Uma delas, a da Estrada de Catete (foto), na saída de Luanda para o Grafanil, considerada a mais forte do movimento de Holden Roberto, e com a qual estariam relacionados mais de 3000 soldados. E também as do Prenda e da Ilha de Luanda. A base naval terá recebido mais de 2000 pessoas afectas à FNLA, em fuga ao fogo do MPLA.
Os Cavaleiros do Norte, em Carmona, expectavam a sua próxima partida para esta capital a ferro e fogo, sangue e morte, e, bem perto, sabiam do cerco ao quartel NT do Negage - que ocorrera na véspera, dia 13 de Julho. A FNLA queria as armas da CCAÇ. 4741, adida aos Cavaleiros do Norte.
A guarnição carmoniana, recordemos, estava em prevenção simples, desde o dia 12 - que se prolongaria até 18 -, e as notícias que nos chegavam eram muito difusas. E dramáticas! Em Carmona, entretanto e num comício da véspera, um domingo, dirigentes da FNLA e comandantes do ELNA tinham feito declarações que importava ter em atenção. A cidade começou a receber, leio no Livro da Unidade, «constante afluxo de refugiados da FNLA».
Iam amargos e dramáticos os nossos últimos dias da capital do Uíge.
- ELNA. Exército de Libertação Nacional 
de Angola, braço armado da FNLA.

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