O BC12, em Carmona, e o bloco residencial onde se fixaram os furriéis da CCS dos Cavaleiros do Norte, nos últimos dias de Carmona. Em baixo, Mosteias, Viegas, Bento, Cruz e Pires (de Bragança) na varanda desse edifício
As razões tinham a ver com «as preocupações vividas do antecedente» e que, como sublinha o Livro da Unidade, «continuaram a ser factores dominantes em Carmona, onde diariamente se verificaram factos que contrariavam a chamada neutralidade activa» e que «retiravam toda e qualquer espécie de neutralidade às NT». Pior, um bocadinho: «Davam ainda ocasião a que se fosse permanente alvo da crítica das populações brancas, as quais se sentem marginalizadas e sem receberam quaisquer apoios ou segurança daqueles que ainda são, como afirmam, os lídimos representantes da autoridade portuguesa». Foi nesse quadro que se pôs o «fica não fica» do batalhão e a tensão entre as comunidades civil e militar - sem esta, alguma vez, recuar no seu estatuto de garante da segurança pública.
Não era fácil, por tudo isso, o papel das NT, bem pelo contrário, permanentemente acusadas por todos - população civil branca e movimentos (nomeadamente o implantada FNLA) - de estarem ao serviço da outra parte.
Foi por estes dias que furriéis e sargentos da CCS abandonaram a messe do Bairro Montanha Pinto e se instalaram no bloco habitacional que se vê na foto (assinalado a amarelo), que ficava imediatamente antes do BC12 (a vermelho), à saída de Carmona, na estrada para o Songo.
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