Natal de 1974, no Quitexe, a mesa de honra: furriel Reino, comandante Almeida e Brito, Mendes (clarim) e capitães José Paulo Falcão e António Oliveira (de costas) |
O comandante Almeida e Brito deslocou-se a Carmona no dia 26 de Dezembro de 1974, há 46 anos, ao Comando de Sector do Uíge (CSU) e à Zona Militar Norte (ZMN) «em retribuição da mensagem de Natal do Exmo. Comandante do Sector do Uíge», como reporta o livro «História da Unidade».
Foi esta:
«Festa da família, época em que é mais viva a saudade dos parentes e amigos, não é ainda para nós que neste Natal de 1974 terminará a velada de armas iniciada há 14 anos em Angola.
Fique-nos a consolação de encontrar no seio do Exército uma segunda família, a mesma camaradagem diária de combatente para combatente, comungando os mesmos princípios, vivendo os mesmos bons e maus momentos.
Fique-nos a certeza de estar a cumprir uma alta missão, ajudando a construir em paz um novo país de expressão portuguesa.
Nesta quadra, em que em todo o mundo se deseja PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE, juntemos os nossos esforços para que em ANGOLA se consiga essa paz e, indiferentes a ofensas e calúnias, com a consciência tranquila, prossigamos confiantes e serenos até ao fim, para que possamos dizer. com satisfação e orgulho, MISSÃO CUMPRIDA.
Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, com esta saudação a todos os Oficiais, Sargentos e Praças do Sector, envio os meus votos de Boas Festas e Feliz Natal».
Foi esta:
«Festa da família, época em que é mais viva a saudade dos parentes e amigos, não é ainda para nós que neste Natal de 1974 terminará a velada de armas iniciada há 14 anos em Angola.
Fique-nos a consolação de encontrar no seio do Exército uma segunda família, a mesma camaradagem diária de combatente para combatente, comungando os mesmos princípios, vivendo os mesmos bons e maus momentos.
Fique-nos a certeza de estar a cumprir uma alta missão, ajudando a construir em paz um novo país de expressão portuguesa.
Nesta quadra, em que em todo o mundo se deseja PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE, juntemos os nossos esforços para que em ANGOLA se consiga essa paz e, indiferentes a ofensas e calúnias, com a consciência tranquila, prossigamos confiantes e serenos até ao fim, para que possamos dizer. com satisfação e orgulho, MISSÃO CUMPRIDA.
Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, com esta saudação a todos os Oficiais, Sargentos e Praças do Sector, envio os meus votos de Boas Festas e Feliz Natal».
A mensagem tinha sido conhecida dias antes do Natal, por todos os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Notícia de há 45 anos, do Diário de Lisboa, sobre a situação militar da já independente Angola, dividida em três frentes |
Carmona e o Uíge
fora das notícias
Um ano depois, 26 de Dezembro de 1975 e com Angola já independente, reportava o Diário de Lisboa, citando a ANOP, a Reuter e a France Press, que «a guerra civil parece ter parado nas principais frentes de combate, embora as forças rivais tenham como objectivo avanços em pelo menos duas regiões».
O MPLA controlava Luanda e a faixa central de Angola e esperava entrar no norte - o território da FNLA. A UNITA «visa conseguir um grande avanço no interior oriental». A FNLA tinha o quartel general em Ambriz e estava «a conter o avanço do MPLA para norte de Luanda». Mas o comandante Juju, do MPLA, afirmava que «tomar o Ambriz era questão de dias», embora fontes militares americanas «dignas de crédito», segundo o DL, garantissem que «as tropas do MPLA não tinham efectuados avanços ao norte de Luanda, em direcção a Ambriz».
Carmona e o Uíge, a «capital» da FNLA, ao tempo dos Cavaleiros do Norte, estava fora dos círculos noticiosos. Nada aparecia na imprensa, que «matasse» a nossa curiosidade de ex-combatentes.
Carmona e o Uíge, a «capital» da FNLA, ao tempo dos Cavaleiros do Norte, estava fora dos círculos noticiosos. Nada aparecia na imprensa, que «matasse» a nossa curiosidade de ex-combatentes.
Notícia do Diário de Lisboa de 26 de Dezembro de 1975, sobre a posse do tenente-coronel Almeida e Brito como comandante da PM |
Almeida e Brito comandante
do Regimento de Polícia Militar
O tempo de há 45 anos e por Lisboa, foi tempo de ser noticiada a nomeação do tenente-coronel Almeida e Brito como comandante do Regimento de Polícia Militar.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito tinha sido o nosso comandante na nossa jornada africana do Uíge angolano. Duranta os 15 meses em que, sem medos, participámos no processo de descolonização de Angola.
O segundo comandante da PM era o major José Luís Jordão Ornelas Monteiro, que foi 2º. comandante do BCAV. 8423 em Santa Margarida e, nas vésperas do embarque, «desviado» para a Guiné. O comando do RPM incluía também os majores Ayala Botto, Rúben e Mamede.
Carlos Mendes |
Mendes, 1º. cabo da CCS,
68 anos em Abrantes !
O 1º. cabo Carlos Alberto Serra Mendes, da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 26 de Dezembro de 2019.
Bate-chapas de especialidade militar, foi Cavaleiro do Norte do Parque-Auto comandado pelo alferes miliciano António Albano Cruz e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte de Angola. Fixou-se no Pátio Joaquim Pedro, em Abrantes.
Sabemos que mora(rá) no Bairro Catroga e Gaio, da freguesia de S. Vicente, também em Abrantes, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Fazenda Zalala |
Martins de Zalala
faleceu há 15 anos !
O soldado Martins, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, faleceu há 16 anos.
Fernando Martins, era este o seu nome completo, foi Cavaleiro do Norte de Zalala, «a mais rude escola de guerra», e jornadeou também por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, tendo regressado a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, ao lugar de Ermida, no município da Sertã.
O que sabemos dele, por informação do furriel João Custódio Dias (TRMS), é que faleceu em Coimbra, a 26 de Dezembro de 2004. Hoje se passam 16 anos!|
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
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