CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 27 de dezembro de 2020

5 289 - A COVID19 na vida dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 !

Os alferes milicianos João Machado e Carvalho
de Sousa e o 1º. sargento Fernando Norte, da 2ª.
CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (1974/1975) 


Os tempos de Natal foram de contactos mais próximos da Família dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e também de notícias menos agradáveis: 2 companheiros da jornada africana do Uíge angolano foram vítimas do COVID 19 - o alferes Machado e o 1º. cabo Pagaimo. A acrescentar ao 1º. cabo Tomás, já aqui falado.
«Isto não é para brincadeiras. Estive 10 dias entubado e em coma», disse-nos João Francisco Pereira Machado, que foi oficial miliciano e comandante interino da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa.
A saga covídica começou nos primeiros dias de Dezembro, quando, na sua casa da Amadora, começou a «sentir falta de ar e a ficar meio tonto». Ao que viu, a esposa chamou uma ambulância e 
foi transportado para o Hospital Amadora/Sintra.
Em boa hora. A que o salvou.
Alferes João Machado
em Angola (1974/1975)

Andei entre cá e lá!... 
Foi um chapadão enorme!

O alferes Machado olha para trás e para o valor da vida.
«Não me lembro de nada, só de acordar do coma e ver muita água e muitas cenas da minha vida a passarem-me na frente, uma espécie de revisão da história da minha vida, coisas antigas», disse-nos João Machado, consciente do «susto que pregou à família».
«Fui desta para melhor e voltei a esta vida, andei entre cá e lá, a coisa dividiu-se...», sublinhou-nos, ironizando com a situação e explicando que «quando acordei, menos de 24 depois já estava quase normal», mas com perda de peso e massa muscular. Mas «a falar bem e com memória».
Os músculos é que «foram à vida», disse-nos, a sorrir, mas os 10 dias de coma e ventilação não derrubaram o épico Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, que agora está nos cuidados continuados do Montijo, com sessões diárias de fisioterapia. Para recuperação.
A alta é esperada lá para 17 de Janeiro de 2021, «se tudo correr bem», como Machado espera, confiante e com conselhos para a malta: «Acautelem-se, previnam-se, quando menos se espera, temos de ficar amarrados à cama do hospital, entubados e frágeis».
«Levei um chapadão enorme, que me ia derrubando», comentou o João Machado.
Os 1ºs cabos Tomás e Pais
com o soldado Silva (1974)

Os 1ºs. cabos Tomás
e Pagaimo !

O alferes Machado não tem a menor ideia de onde (ou de quem) «herdou» o vírus - até porque é cidadão precavido. A família próxima está assintomática e sem problemas. Tudo de bom para aí, caro João Machado!
O 1º. cabo Celestino de Jesus Pagaimo, do Pelotão de Morteiros 4281, também já enfrentou a pandemia, 
Os 1ºs. cabos Valdemar e
Pagaimo no Quitexe (1974)
que supõe ter «apanhado» num centro comercial de Coimbra, onde foi às compras.
«Tive de ir duas vezes às urgências, não tive internamento e tive alta mas confinado à residência», explicou-nos o Pagaimo, que mora em Montemor-o-Velho. Já livre «desta».
O 1º. cabo Rodolfo Hernâni Tavares Tomás continua confinado em Lousada. «Fui atacado pelo vírus, mas estou assintomático», disse-nos ele, já depois de «estar ausente de quarentena» e também com conselhos para os Cavaleiros do Norte:
«Testei positivo, mas já passou, depois da adequada medicação»,  disse o Rodolfo Tomás, que, entretanto com a mulher com pneumonia, também  há anos anda aos «pontapés» à Parkinson que lhe alterou radicalmente a vida e a dos seus mais próximos. Força, pá!

Tudo de bom e rápido para os três!!!

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