CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 3 de junho de 2021

5 451 - O «regresso» da CCS ao RC4! A partida da 2ª. CCAV. 8423 para Angola!


Cavaleiros do Norte da CCS no RC4, a 3/6/2017. À frente, Amaral, Coelho (Buraquinho). Vicente (com o estandarte),
Capitão Luz, alferes Ribeiro, Domingos (de vermelho), Caixarias, Marcos (a espreitar), Aurélio (Barbeiro),
Grácio (meio tapado pelo Lopes), furriel Lopes, 1º. cabo Monteiro, Delfim Serra (de bigode branco), Carlos
Ferreira. Serra, furriel Morais,  furriel Viegas, furriel Rocha (de óculos), Abílio, Dias, Gomes, Afonso e Esguei-
ra, Atrás, Caetano (de casaco branco e óculos), furriel Neto, Grácio (de verde e meio tapado), Pereira (cabelo
branco), furriel Monteiro (de castanho), Zambujo (de óculos e cabelo branco), Simões, Albertino (de
bigode), furriel Cândido Pires,  1º. cabo Teixeira e Nogueira (do Liberato)



O tenente-coronel Celso Braz mostrando a peça de cerâmica de
Águeda oferecida pela CCS. Está ladeado pelo alferes Jaime
Ribeiro e condutor Vicente, o organizador do encontro (à esquerda),
tenente Nuno Barreira (oficial de dia da unidade) e furriel Viegas

O encontro da CCS dos Cavaleiro do Norte de 2017 foi a razão do regresso da CCS ao RC4, a unidade mobilizadora dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de onde há 47 anos partiram para Angola. E foi um grande dia, cheio de emoção e regado da saudades.
As honras da casa, assim se diga, foram tenente-coronel Celso Braz, comandante da Companhia de Carros de Combate, que, na sala principal do Museu, fez a recepção e explicou a história e as alterações da Brigada Mecanizada - a unidade que foi o (nosso) RC4
«Sintam-se em casa, estão em vossa casa...», disse o oficial de Cavalaria, franqueando o quartel que, há 47 anos, foi a casa dos jovens Cavaleiros do Norte que se preparavam para a jornada africana do do Norte de Angola - para onde partiram a 29 de Maio de 1974
O momento foi aproveitado para a entrega, ao oficial comandante Companhia de Carros de Combate, de uma recordação da CCS - um prato em cerâmica de Águeda. 
O alferes Ribeiro, o furriel Viegas e o condutor Vicente Alves, organizador do encontro de 2017, sob aplausos, entregaram a peça, que diz «Batalhão de Cavalaria 8423 ||| CCS ||| Cavaleiros do Norte ||| Encontro de 2017 no RC4 ||| Recordação ao Comandante da Unidade ||| Santa Margarida 03/06/2017».
Os comandantes Almeida e Brito
(BCAV. 8423) e José Manuel Cruz
(2ª. CCAV. 8423)

A partida para Angola
da 2ª. CCAV. 8423 !|


A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, partiu para Angola na noite de 3 de Junho de 1974. Há 47 anos.
Comandada pelo capitão José Manuel Cruz, o quadro de oficiais incluía os alferes João Machado, Carvalho de Sousa, João Carlos Periquito e Jorge Capela, todos milicianos. 
O 1º. sargento era Fernando Norte (já falecido) e o quadro de furriéis, todos milicianos, era formado por Abel Mourato (vagomestre, falecido a 2 de Junho de 2020, de doença), António Rebelo (TRMS), António Chitas (armamento pesado), Amorim Martins (mecânico-auto), Carlos Letras (Operações Especiais, os Rangers) e os atiradores de Cavalaria António Cruz, José Maria Ferreira, Mário Matos, João Brejo, Rafael Ramalho, José Manuel Costa, José Gomes e António Artur Guedes.
Notícia d Diário de
Lisboa de há 46 anos

Paz em Carmona, há
46 anos ! Mas que paz?

Um ano depois, os sangrentos incidentes de Carmona continuavam vivos e letais, embora o Diário de Lisboa de 3 de Junho de 1975, noticiasse «êxito das diligências conjuntas para o estabelecimento da ordem».
Êxito, se êxito de adivinhava - e ansiosanente se desejava - , era o sequente da permanente, continuada e corajosa intervenção directa dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no terreno, 24 sobre 24 horas - embora não citados pelo jornal, que não tinha jornalistas no terreno e se fundamentava em fontes de Luanda. Sabe-se lá de que origem.
A cidade continuava em guerra aberta entre FNLA e MPLA, nalguns casos cara a cara, noutros com explosões de obuses e morteiros por todo o lado, tiroteiso e rajadas  indiscriminadas, e a população pedia «a proteção das NT», a qual, como se lê no livro «História da Unidade» e nos lembramos muito bem, «lhes fi dada, entrando no quartel um milhar de refugiados».
Não só na cidade: «os graves conflitos armados atingiram todas as vilas do distrito» onde estivesses instalados FNLA e MPLA e as suas tropas do ELNA e das FAPLA.

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