A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Manuel Cruz, aterrou no aeroporto internacional de Luanda na manhã de 4 de Junho de 1974. Há 47 anos! No mesmo dia, partiu de Lisboa a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel.
Era terça-feira e desde a quinta-feira anterior (dia 30 de Maio) já pelo Grafanil «debutava» a CCS, comandada pelo capitão António Martins Oliveira (SGE) e destinada à vila do Quitexe. A 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias e de Zalala, desembarcou a 1 de Junho.
Era terça-feira e desde a quinta-feira anterior (dia 30 de Maio) já pelo Grafanil «debutava» a CCS, comandada pelo capitão António Martins Oliveira (SGE) e destinada à vila do Quitexe. A 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias e de Zalala, desembarcou a 1 de Junho.
Os Cavaleiros do Norte destas duas Companhias do BCAV. 8423 já eram «veteranos» e procuravam melhor conhecer Angola, que era o seu novo mundo. E não eram boas as notícias, as de mais mortos em combate. E era para a guerra que íamos nós.
A imprensa do dia publicava o comunicado do Serviço de Informação Pública (SIP) das Forças Armadas e este dava conta que «morreram em combate» dois furriéis milicianos: Carlos da Silva Miranda, natural de Vila Chã (em Vila do Conde) e Francisco Emídio Augusto Matos, do recrutamento local e natural de Nova Lisboa, actual cidade do Huambo.
Também a do soldado António Galeano Velasco, também do recrutamento local e natural do bairro de S. Paulo (na cidade de Luanda).O hospital de Carmona recebeu e tratou muitos feridos dos sangrentos combates do Uíge de 1975 |
Matança em Carmona
e a caça ao homem !
e a caça ao homem !
«A aparente estabilidade da situação em Carmona rompeu-se brutalmente nas últimas 24 horas, com uma fulminante e sangrenta caça ao homem, lançada elos comandos de Holden Roberto, contra militares e civis do MPLA», noticiava a imprensa.
A memória, recuando ao tempo, não esquece os momentos trágicos vividos nas ruas e bairros envolventes da cidade de Carmona, onde se «achavam» corpos esquartejados, assassinados a tiro e armas brancas, alguns deles queimados (há quem diga que ainda vivos, ainda alguns).
«A ofensiva coincide com ataques dispersos do ELNA, em Cabinda, e representava uma grave deterioração da situação militar e um pesado fracasso para as diligências das missões quadripartidas que voaram para Carmona no princípio da semana e julgavam ter reposto a ordem», noticiava o Diário de Lisboa, acrescentando que «a matança prossegue em Carmona».
«Ninguém dispõe ainda do número de mortos, feridos, presos e desaparecidos, mas as vítimas serão já muitas dezenas. As ruas estão cheias de cadáveres», sublinhava o jornal, em despacho de Luanda, frisando também que «os comandos a FNLA invadiram e destruíram as casas de dezenas de simpatizantes do MPLA, matando muitos deles, espancando e raptando outros».
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