Vila uíjana de Sanza Pombo e o aquartelamento do BCAV. 8324, onde
há 48 anos se reuniram os comandantes das unidades da «CSU»
Encontro de Mortágua, em 2015, quarteto de ex-furriéis milicianos da CCS do BCAV. 8423: Cruz, Viegas, Dias e Neto. |
O que teve de extraordinário o dia 5 de Julho de 1974, já lá vão 48 anos e na guarnição quitexana dos Cavaleiros do Norte?
Nada de especial, a não ser uma decepção pessoal - que teve a ver com a ida do comandante Almeida e Brito a Sanza Pombo, a uma reunião dos Comandos do Comando de Sector do Uíge (CSU), e que se ia realizar no quartel do Batalhão de Cavalaria 8324 (não o 8423, o nosso).
Sanza Pombo era um destino que eu procurava desde a chegada ao Uíge, por lá viver um conterrâneo, Adolfo Pires dos Reis - funcionário do Ministério da Agricultura, irmão de minha vizinha Celeste. Conhecia-o das férias dele e família e lá queria ir visitá-los. Fiquei danado, quando soube que a escolta ao comandante Carlos Almeida e Brito e capitão José Paulo Falcão (o oficial adjunto) seria feita por outros companheiros, suponho que por um grupo de sapadores.
Dito isto, chegavam notícias de Portugal:
1 - Um decreto-lei de 1 de Julho (1974) garantia a remuneração horária mínima de 17$50 aos funcionários públicos. Seriam agora 2,97 euros.
2 - Estes, passava, a ter direito a receber abono de família.
3 - Os professores passavam a ganhar os meses de Agosto e Setembro.
4 - Era criado o Movimento Popular Português (MPP).
5 - O Partido Liberal considerava que «urge relançar a economia nacional».
6 - O 1º. Ministro Palma Carlos congelou preços e salários por mais 10 dias - DL 217/74.
7 - Caçadores pediam a revisão da lei da caça.
8 - Aerograma de casa dava-me conta que, no dia 23 de Junho, se tinha realizado a comunhão solene, que, escrevia minha mãe, «perdeu o seu tradicionalismo», embora tal não explicasse.
Revisto isto, à distância de 48 anos, até parece risível. Mas era um país que mudava, connosco (Cavaleiros do Norte e muitos outros portugueses) a milhares de quilómetros do chão natal.
Dito isto, chegavam notícias de Portugal:
1 - Um decreto-lei de 1 de Julho (1974) garantia a remuneração horária mínima de 17$50 aos funcionários públicos. Seriam agora 2,97 euros.
2 - Estes, passava, a ter direito a receber abono de família.
3 - Os professores passavam a ganhar os meses de Agosto e Setembro.
4 - Era criado o Movimento Popular Português (MPP).
5 - O Partido Liberal considerava que «urge relançar a economia nacional».
6 - O 1º. Ministro Palma Carlos congelou preços e salários por mais 10 dias - DL 217/74.
7 - Caçadores pediam a revisão da lei da caça.
8 - Aerograma de casa dava-me conta que, no dia 23 de Junho, se tinha realizado a comunhão solene, que, escrevia minha mãe, «perdeu o seu tradicionalismo», embora tal não explicasse.
Revisto isto, à distância de 48 anos, até parece risível. Mas era um país que mudava, connosco (Cavaleiros do Norte e muitos outros portugueses) a milhares de quilómetros do chão natal.
Alferes Carlos Silva |
70 anos em Ferreira do Zêzere!
O alferes miliciano Silva, oficial operacional da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 6 de Julho de 2022, amanhã e em Ferreira do Zêzere.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, Carlos Almeida e Silva foi combatente dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel, também passando pela vila do Quitexe e cidade de Carmona, a capital do Uíge e com este nome desde a independência.
Concluindo a sua missão ultramarina, regressou a Portugal e a Outeiro do Marco, freguesia do Beco, em Ferreira do Zêzere, a 11 de Setembro de 1975, mas rapidamente «voou» para Angola, para, a 14 de Outubro de 1975, se casar com Belmira, conterrânea de Tomar e ao tempo a viver em Luanda, ambos semeados d´amores, tão fortes e tão eternos que perduram até aos dias de hoje.
Aposentado bancário, vive os prazeres da reforma na sua aldeia natal, envolvido em actividades associativas locais ligadas à cultura, ao folclore e ao prazer pessoal da fotografia. Parabéns e também um abraço para a Mirita, seu amor de todos os tempos!!
Furriel miliciano Francisco José Brogueira Dias (1974) |
CCS, 70 anos em Rio Tinto !
O furriel miliciano Dias, vagomestre da CCS do BCAV. 8423, no Quitexe e depois em Carmona, está em véspera de chegar aos 670 anos - que festeja precisamente amanhã, dia 6 de Julho de 2021.
Francisco José Brogueira Dias, é este o seu nome completo e natural do Porto, passa de momento, e já desde há algum tempo, por período menos bom da sua saúde física e, ao tempo de há 47 anos, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 - ao Porto e à Rua Costa Cabral, onde residia.
Profissionalmente, fez carreira como funcionário bancário e reside actualmente em Rio Tinto, de onde muitas vezes partiu para os encontros anuais da CCS dos Cavaleiros do Norte da CCS. Uma vez, no de Mortágua e em 2015, viajando de moto. É para Rio Tinto que va o nosso abraço de parabéns e o desejo, firme e solidário, de rapidíssimas melhoras! Até apo encontro de Braga, a 10 de Setembro de 2022, organizado pelo compadre Machado. Vá de mota, vá de carro, v´+a de bicicleta ou a... pé! Inté, caro Brogueira Dias!
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