CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 28 de julho de 2022

5 877 - Carmona a preparar a rotação para Luanda! Blindados da FNLA no Cachito, Estrada do Café para o Uíge!

O BC12, a 25 de Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas
da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423

O furriel Viegas e o capitão Domingues,
do QG da Região Militar de Angola


A cidade de Carmona e o imenso Uíge do norte de Angola de há 47 anos continuavam em situação aparentemente calma mas... tensa!. 
As relações do BCAV. 8423 com a FNLA e o seu Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA) fragilizavam-se de dia para dia e as crescentes e cada vez mais levedadas críticas da comunidade civil quanto à acção dos Cavaleiros do Norte também azedavam e mais delicadas se foram tornando - apesar de, a todo o custo, procurarem os militares «evitar males futuros».
Mesmo sendo asperamente e injustamente maltratados e muito insultados. A fazer doer a alma daqueles que, na imberbidade dos seus 22 para 23 anos, ali estavam dispostos a tudo, para defender pessoas e bens, até a dar vida por terceiros!
Por gente que nem conheciam mas por quem eram insultados.
A 28 de Julho de há 47 anos, de novo o Comando do BCAV. 8423 reuniu com «elementos do Quartel General da Região Militar de Angola», para preparar a operação de retirada de Carmona para Luanda. O mesmo acontecera a 23 e repetiu-se a 29.
O objectivo essencial era «obter os meios necessários à execução de tal operação» e um dos elemento do QG era o capitão Domingues - que eu conhecera da sua relação familiar (primo) com Fátima Resende, ao tempo esposa de José Bernardino Resende, conterrâneo e amigo.
Cavaleiros do Norte do PELREC: Marcos,
Madaleno, Pinto (1º. cabo) e Ferreira   

Blindados da FNLA no Cachito,
na Estrada do Café para o Uíge!

A 28 de Julho de 1975, um domingo, soube-se que o tenente-coronel Santos e Castro era o ex-oficial português que, no Caxito, comandava as tropas da FNLA - que dali tinham expulsado o MPLA, após «duros e violentos combates».
Gilberto Manuel dos Santos e Castro era prestigiado oficial português e tinha sido comandante da 1ª. Companhia de Comandos formada em Angola.
Natural do Lobito, em Angola, onde nasceu a 7 de Junho de 1928, fez carreira militar na Arma de Artilharia e faleceu a 26 de Abril de 1996, na sua residência de Oeiras. Era irmão do engº. Fernando Santos e Castro, que fora Governador Geral de Angola, presidente da Câmara Municipal de Lisboa e deputado nacional. Tio de Ribeiro e Castro, político da actualidade portuguesa, ligado ao CDS.
A situação no Caxito estava «estacionária, com alguns blindados da FNLA a ocuparem a localidade desde há alguns dias», mas sem conseguirem avançar sobre Luanda. O MPLA, noticiava o Diário de Lisboa, «fez um cerco às forças da FNLA e começou a sabotar as pontes».
Raúl Corte Real, capitão miliciano e co-
mandante da CCÇ. 4145 de Vista Alegre

A CCAÇ. 4145 e
a 1ª. CART. 6322!

Um ano antes, precisamente, o comandante Almeida e Brito tinha-se deslocou a Vista Alegre, para «contacto operacional» com a ali aquartelada CCAÇ. 4145 - subunidade do BCAV. 8423 que era comandada pelo capitão miliciano Raúl Corte Real.
Ainda neste mesmo dia de há 48 anos, registou-se «a retirada do Subsector», da 1ª. CART do BART. 6322, que «trabalhava na área dos «quartéis» de Camabatela e Quiculungo» - a ZA do BCAV. 8423. Os artilheiros da 1ª. CART. 6322, recordemos, faziam parte do Comando Operacional de Tropas de Intervenção 2 (COTI 2) e estava, há 48 anos e desde 18 de Julho anterior, sob dependência operacional do BCAV. 8423.

Sem comentários:

Enviar um comentário