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Rua do Comércio, na cidade de Carmona, em 1974, com o prédio da RIMAGA, à direita. À esquerda, vê-se o «plinto» do polícia sinaleiro desse cruzamento
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| O furriel Viegas, da CCS, e o capitão Domingues, da ZMN/CSU, em 1975 |
Domingo, 20 de Julho. Hoje, 47 anos depois, folheio o livro «História da Unidade», procuro dados sobre este dia de 1975 e vejo que o comandante Almeida e Brito se deslocou a Sanza Pombo, onde aquartelava o BCAV. 8324 - não o nosso, o BCAV. 8423.
Os Cavaleiros do Norte continuavam em Carmona e, por momentos, assalta-me à memória um domingo de Julho, em Carmona. Que poderia ter sido este 20 de Julho. Não estou certo.
Eu, o 1º. cabo Almeida e o soldado Marcos, ambos atiradores de Cavalaria, e o também 1º. cabo Breda, condutor-auto, estávamos de PM, desde as 14/15 horas. Chegou a hora do jantar e fui deixado na messe, seguindo os companheiros para o BC12. Voltaram a buscar-me, para noite que nos esperava e nunca era fácil. Fui chamado pelo oficial de dia: tínhamos de ir ao antigo aquartelamento da DGS/Flechas, onde se instalavam as Forças Integradas.
O objectivo era buscar três civis, que estavam presos pela FNLA - e cujos nomes não lembro. Nem sei se algum deles era meu conhecido. Tinham sido detidos às mãos e razão de uma qualquer vingança pessoal - situações que dramaticamente se repetiam por esse tempo.
Um deles, era amigo do capitão Domingues - primo de Fátima Resende, em Luanda e esposa de amigo meu. O próprio capitão Domingues (que me conhecia de visitas à Família Resende, em Luanda), me contactou na messe. Poupando palavras, lá fomos nós (eu, o Almeida e o Marcos), no jipe conduzido pelo Breda - que ficou à entrada do aquartelamento, com o motor em funcionamento.
Eu, o 1º. cabo Almeida e o soldado Marcos, ambos atiradores de Cavalaria, e o também 1º. cabo Breda, condutor-auto, estávamos de PM, desde as 14/15 horas. Chegou a hora do jantar e fui deixado na messe, seguindo os companheiros para o BC12. Voltaram a buscar-me, para noite que nos esperava e nunca era fácil. Fui chamado pelo oficial de dia: tínhamos de ir ao antigo aquartelamento da DGS/Flechas, onde se instalavam as Forças Integradas.
O objectivo era buscar três civis, que estavam presos pela FNLA - e cujos nomes não lembro. Nem sei se algum deles era meu conhecido. Tinham sido detidos às mãos e razão de uma qualquer vingança pessoal - situações que dramaticamente se repetiam por esse tempo.
Um deles, era amigo do capitão Domingues - primo de Fátima Resende, em Luanda e esposa de amigo meu. O próprio capitão Domingues (que me conhecia de visitas à Família Resende, em Luanda), me contactou na messe. Poupando palavras, lá fomos nós (eu, o Almeida e o Marcos), no jipe conduzido pelo Breda - que ficou à entrada do aquartelamento, com o motor em funcionamento.
Não fosse termos de «fugir».
O oficial de dia não estava (!!!!), o sargento de dia estava, mas semi-embriagado. E quanto a soltar os presos, está quieto!!! Nós nem sequer tínhamos mandato de soltura e esgotei os meus argumentos, já dentro do aquartelamento, para que no-los entregassem.
Às tantas, convenci o sargento a deixar-nos ver os civis detidos. Que não, que não e que não... Mas fomos! O sargento abriu a porta da cela e os três homens (ou eram quatro?) ficaram estupefactos. Mas sem uma palavra, suando frio de medos. Compreensíveis!
«Vá lá, saiam!...», disse eu, imperativo.
O oficial de dia não estava (!!!!), o sargento de dia estava, mas semi-embriagado. E quanto a soltar os presos, está quieto!!! Nós nem sequer tínhamos mandato de soltura e esgotei os meus argumentos, já dentro do aquartelamento, para que no-los entregassem.
Às tantas, convenci o sargento a deixar-nos ver os civis detidos. Que não, que não e que não... Mas fomos! O sargento abriu a porta da cela e os três homens (ou eram quatro?) ficaram estupefactos. Mas sem uma palavra, suando frio de medos. Compreensíveis!
«Vá lá, saiam!...», disse eu, imperativo.
Mas eles não saíam, com medo de serem abatidos. Suponho! O sargento cambaleava e, moita-carrasco, nada de soltar os homens.
«Saiam, saiam...», dizia eu, sempre de olho no sargento das Forças Integradas. Mas nada, nem se mexiam, encostados à parede da sela.
O Marcos, então e sempre mais ousado, puxou um dos detidos pelo braço e incentivou-o a sair. O sargento não reagiu e lá acabámos por sair todos.
Já fora do aquartelamento, o Breda mantinha o jipe trabalhar e, apressadamente, como calculam, atabalhoámo-nos todos por cima da viatura e ala que se faz tarde. Com os três presos civis sob nossa escolta e proteção. Nunca mais soube deles, depois de os deixarmos no BC12, seriam umas 10 horas da noite.
Ele, há dias que sã noites e nunca esquecem!
O Marcos, então e sempre mais ousado, puxou um dos detidos pelo braço e incentivou-o a sair. O sargento não reagiu e lá acabámos por sair todos.
Já fora do aquartelamento, o Breda mantinha o jipe trabalhar e, apressadamente, como calculam, atabalhoámo-nos todos por cima da viatura e ala que se faz tarde. Com os três presos civis sob nossa escolta e proteção. Nunca mais soube deles, depois de os deixarmos no BC12, seriam umas 10 horas da noite.
Ele, há dias que sã noites e nunca esquecem!
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| Estevão F. Neto |
Neto de Aldeia Viçosa
faz 70 anos em Abrantes !
O soldado Estevão Fernandes Neto, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a da vila uíjana de Aldeia Viçosa, comemora 70 anos a 21 de Julho de 2022.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da Companhia comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, é natural do lugar de Chaminés, na freguesia de Bemposta, em Abrantes. E lá voltou a 10 de Setembro de 1975 - quando terminou a sua comissão militar em Angola, que também o «aquartelou» em Carmona.
Actualmente, mora na Rua do Secador, na mesma freguesia e concelho abrantino, para onde «atiramos» o nosso abraço de parabéns! Com o desejo de muitos e mais bons anos de boa saúde e alegria de viver.
70 anos em Espinho!
O soldado Mário Pereira de Almeida, o Espinho, foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, faz hoje 70 anos. Dia 20 de Julho de 2022.
Cavaleiro do Norte da subunidade comandada pelo capitão miliciano Castro Dias, também passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, pelo Songo e por Carmona e é natural de Espinho, cidade onde regressou no final da sua jornada africana do norte de Angola. Por alguma razão, que desconhecemos, não voltou a Portugal com o BCAV. 8423 (não consta das listas de embarque de nenhuma das 4 Companhias) mas sabemos que mora(rá) em Espinho. Parabéns para ele! Grandes e mais bons anos de vida
O soldado Mário Pereira de Almeida, o Espinho, foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, faz hoje 70 anos. Dia 20 de Julho de 2022.
Cavaleiro do Norte da subunidade comandada pelo capitão miliciano Castro Dias, também passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, pelo Songo e por Carmona e é natural de Espinho, cidade onde regressou no final da sua jornada africana do norte de Angola. Por alguma razão, que desconhecemos, não voltou a Portugal com o BCAV. 8423 (não consta das listas de embarque de nenhuma das 4 Companhias) mas sabemos que mora(rá) em Espinho. Parabéns para ele! Grandes e mais bons anos de vida
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