CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

1 525 - O fortim e a picada do Quitexe para Zalala

O "poste" eléctrico que se vê em cima pode muito bem ser o do antigo parque-auto 
de Zalala. Será? Em baixo, a picada do Quitexe para Zalal, junto ao posto da OPVDCA

A Zalala de hoje inspira saudade e nostalgia. Olhem para aquele poste de madeira, com o candeeiro. Quem nos diz que não tem um pouquinho mais de 38 anos e por ali resiste, enquanto desapareceram as instalações do quartel dos homes do capitão Castro Dias.
O nosso enviado especial a Zalala e nosso companheiro de escola em Águeda, admite que seria ali a torre vigia e entrada do parque-auto e do quartel 
«A seguir, havia um espaço terraplanado, com cerca de 2 metros de altura, onde estava o refeitório e cozinha a lenha. Era assim, consecutivamente, até à parte mais alta, onde estavam as messes de oficiais e sargentos e o paiol. Se a minha memória, está correcta. Mas essa parte está tomada pelo mato e não se vêem quaisquer degraus de socalcos, parecendo que tudo foi arrasado, pela erosão, penso eu.
A foto seguinte, já é a meio da picada para Quitexe, onde havia um fortim da OPVDCA e fiquei na dúvida se era este o local, ou se a torre era a entrada de uma fazenda, de que não lembro o nome. Vive lá gente.    
Devemos lembrar que passaram por aqui algumas guerras depois de sairmos. A zona continua a ser 100% FNLA, com a respectiva população. 
Ao contrário de Moçambique, não se vêem grandes machambas. Aparecem algumas de mandioca e depois parece que a terra tem tudo o que é necessário. A população também não é muita.
Devo relatar uma coincidência: há negociantes que param as camionetas à beira da picada, entram nas antigas fazendas e cortam banana para carregar para Luanda. Um cacho, que comprei nestas condições na picada de Zalala, custa cerca de 1000 quanzas (8 euros). Em Luanda, custa esse preço mas por... cada banana. Mas a coincidência é que um das pessoas que estava nesse grupo era moçambicana. Tinha vindo para ali, via África do Sul e com um amigo angolano. O mundo é mesmo pequeno».
- OPVDCA. Organização Provincial de 
Voluntários da Defesa Civil de Angola.

4 comentários:

  1. A seguir, havia um espaço terraplanado, com cerca de 2 metros de altura, onde estava o refeitório e cozinha a lenha. Era assim, consecutivamente, até à parte mais alta, onde estava as messes de oficiais e sargentos e o paiol. Se a minha memória, está correcta.
    Exactamente, boa memória, quem por lá passou fica com este registo para o resto da vida.

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  2. Olhem para aquele poste, com o candeeiro. Quem nos diz que não tem um pouquinho mais de 38 anos e por ali resiste, enquanto desapareceram as instalações do quartel. Aquilo não é um poste é o "Pau" sempre em pé que aguentam os Camaradas de Zalala.

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  3. Olhem para aquele poste, com o candeeiro. Quem nos diz que não tem um pouquinho mais de 38 anos e por ali resiste, enquanto desapareceram as instalações do quartel. Aquilo não é um poste é o "Pau" sempre em pé que aguentam os Camaradas de Zalala.

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  4. ALÔ RODRIGUES. ESTÁS NA MESMA, OS ANOS NÃO PASSARAM POR AÍ. ACHEI ESTE BLOG O IDEAL PARA ENVIAR ESTAS FOTOS PARA VOÇÊS, E APESAR DO BLOG ESTAR MUITO "QUITEXADO", ASSIM PUSEMOS OS ZALALAS NA "AGENDA", COMO SE DIZ AGORA.
    UM ABRAÇO FERREIRA

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