Manuel Alegre e Piteira Santos, em foto do Diário de Lisboa (em cima).
A Mata do Soares, nos arredores de Santa Margarida (em baixo)
O espaço em que nos instrucionámos é (mais ou menos) o que se pode ver na imagem de baixo.
Na véspera, chegou a Lisboa Manuel Alegre, meu conterrâneo da Rua de Baixo, vindo de Argel - onde tinha feito afronta ao governo português, nomeadamente através da Rádio Portugal Livre. Era militante da Frente Patriótica de Libertação Nacional e chegou ele e Piteira Santos. À saída do aeroporto, estava gente de Águeda, que lhe «dispensou gestos de carinho sintetizadas no cartaz» que dizia «Águeda continua em festa», como reporta o Diário de Lisboa.
Alegre foi levado em ombros e afirmou que «sou um militante que faz poesia por razões políticas». Foram recebidos na Cova da Moura, onde alguns oficiais disseram já conhecer Manuel Alegre, ora de o ouvir da Rádio Voz da Liberdade, a de Argel, ora de Angola - onde Alegre tinha sido oficial miliciano.
Em Angola, a Assembleia Legislativa mantinha-se em exercício, por ordem da Junta de Salvação Nacional. Noutra ordem, estava em processamento a libertação de presos políticos, embora, segundo o DL, se desconhecessem exactamente os critérios a seguir. Alguns, já tinham sido libertados.
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