CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 10 de maio de 2014

2 025 - O papel de arbitragem da tropa portuguesa


Título do Diário de Lisboa de 10 de Maio de 1975, há 39 anos,
 sobre a situação em Angola. Em baixo, o ministro da Economia, 
o português Vasco Vieira de Almeida 

O papel de arbitragem atribuída a tropa portuguesa, nos conflitos entre os movimentos de libertação de Angola era prioritário, mas difícil. Por Carmona, onde regularmente se reuniam os vários comandos (e o Gabinete Militar Misto), ainda as coisa se iam entendendo, com mais rusgas menos escaramuças, mas era cada vez mais notória a dificuldade em conciliar interesses... inconciliáveis.
«Viu sempre as suas actividades mal aceites, quando que nos suscitem quaisquer dúvidas quanto à sua isenção», leio no Livro da Unidade.
Pior iam as coisas por Luanda e outras localidade da imensa Angola.
O Governo Português, ante a emergência, propôs uma nova cimeira. As declarações de Nito Alves e as graves confrontações entre a FNLA e a UNITA pareciam não deixar saída, quando à necessidade da Cimeira, «sob pena de se assistir ao desencadear de uma guerra civil, ou até até à intervenção militar internacional». Assim pensou a Comissão  Nacional de Descolonização, presidida por Costa Gomes e reunida em Lisboa.

Paralelamente, na mesma Angola, o plano económico do ministro Vasco Vieira de Almeida era aceita pelos três movimentos. O ministro (português) dos Assuntos Económicos do Governo de Transição propusera um plano que "elimina todos os vestígios do colonialismo» e visando o estabelecimento de «uma maior justiça social e uma maior intervenção do Estado nos aspectos mais amplos da economia». Tinha o aval de MPLA, FNLA e UNITA e seria para «continuar depois de descolonização». 
As indústrias de defesa seriam nacionalizadas. As industrias estratégicas, a banca e os seguros seriam controladas (a 51%) pelo Estado Angolano. As pequenas e médias empresas não seriam afectadas e o plano não excluía o investimento estrangeiro, nem as companhias multinacionais - que teriam garantias governamentais para operarem em Angola. O ministro, invocando que o Governo não funcionava, viria a demitir-se em Agosto do mesmo ano 1975).

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