CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

3 033 - A Companhia que era para acompanhar os Cavaleiros do Norte

O alferes Mourato, em Luanda (foto de cima) e 
como cadete do CIOE, os Rangers, em Lamego (1974) 


O (ex)alferes António Mourato, alentejano de Évora, foi combatente da 1ª. Companhia do BCAÇ. 5010/74 e dá-se o caso de, em 1973, ter sido instruendo do curso do CIOE (Rangers) de que fui instrutor, com o Neto (e outros). 

Nada disso seria relevante para este blogue, que narra a jornada angolana dos Cavaleiros do Norte, não fosse o caso de ele nos contar que o seu batalhão dele esteve para, em 1975, ser um dos que apoiaria a saída dos Cavaleiros do Norte, na epopeica evacuação para Luanda.
António Mourato 
conta-nos a sua história:
«Fui de Mafra para Lamego em Outubro de 1973. Não sei se lá nos juntámos - na altura estavam os capitães Gomes Pereira e Valente (já falecido) e recordo-me bem do maluco do alferes Baltasar. Chumbei o primeiro curso pois, ao subir uma árvore, espetei um pinheiro num braço e fui parar à enfermaria, onde estive até final do ano. 

Em Janeiro de 1974, voltei novamente e acabei o curso em Março. Estive em Elvas, a dar uma recruta, e depois fui para Chaves, dar uma especialidade. Lá foi constituído batalhão e segui a comandar a 1ª. Companhia, para Viana do Castelo. Depois, embarquei para Angola e fui para a zona de Maquela do Zombo.
Em Fevereiro, o batalhão abandonou a zona de Béu, Maquela e Damba e foi para Luanda, para a intervenção. Inicialmente, com combatentes dos 3 movimentos.
Quando se soube em Luanda que a FNLA não queria deixar partir os civis na vossa coluna, e só arranjavam problemas, tivemos conhecimento que o Comando Militar em Luanda ia fazer deslocar o nosso Batalhão para vos acompanhar.
Sucede que na mesma altura dão-se o problemas em Timor e apareceu no nosso aquartelamento uma Companhia de Comandos (que teria tido inicialmente a missão de ir para Timor). Acabou por ser essa Companhia a ir a Carmona ter convosco. Mais pormenores não sei».

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