Quitexe, em foto de 2013 (net). Tirada da Estrada do café (ou Rua de Cima), mostra, ao
fundo, o edifício que foi a secretaria da CCS do BCAV. 8423. Em baixo, notícia do Diário
de Lisboa, sobre a integração da Facção Chipenda na FNLA
A expectativa dos Cavaleiros do Norte aumentou, nos últimos dias de Fevereiro de 1975, quanto ao seu futuro próximo. Para Carmona (e o BC12) ou para Luanda? A primeira hipótese era a cada vez mais provável e, pelo Quitexe - onde, desde 10 de Dezembro de 1974, tambám se aquartelava a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel - seguia a rotina de serviços e a apresentação de vários elementos dos movimentos, nomeadamente da FNLA.
Foi na FNLA que, a 22 de Fevereiro de 1975, se integrou a Facção Chipenda, também identificada por Revolta do Leste. «A partir de hoje, colocamos as nossas tropas sob o alto comando do Estado Maior General da FNLA, com a condição de os nossos oficiais continuarem a comandar as nossas unidades», disse Daniel Chipenda, numa conferência de imprensa em Kinshasa, capital do Zaire.
A Facção era dissidente do MPLA e, em Luanda, estimava-se tivesse pelo menos 3000 homens armados, comandados por Chipenda, que tinha sido «oficialmente expulso» do movimento presidido por Agostinho Neto. Chipenda, e cito o Diário de Lisboa, «passa a ser representante no Governo de Transição pelo movimento de Holden Roberto» - a FNLA.
O MPLA reagiu em comunicado do seu Estado Maior General, anunciando que «renderam-se na Frente Leste, no passado dia 16, os comandantes Luhele, Katchukuchuku, Ácido e Muhongo Nabanka, que, até esta data estavam integrados nas forças imperialistas de Daniel Chipenda».
O comunicado acrescentava que «renderam-se na área do Cazombo e estão em processo de reintegração nas FAPLA», seguindo-se (a rendição) às dos comandantes Mafuta, Cow-Boy, Pela Virianga e Bala Direita, que «com as suas tropas, se tinham rendido em Janeiro» desse mesmo ano de 1975.
Sem comentários:
Enviar um comentário