CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 22 de agosto de 2017

3 861 - Armas no Negage para a FNLA; o forte amor de... Letras!

José Gomes, António Artur Guedes, José Manuel Costa e António Carlos
Letras, furriéis milicianos e Cavaleiros do Norte  da 2ª. CCAV. 8423, a de
 Aldeia Viçosa, em momento de leitura de correio de Portugal

Grupo de militares em descanso, à porta de uma caserna
do aquartelamento do Quitexe (em 1973)

O encontro o MPLA e a UNITA, anun-
ciado para 21 de Agosto de 1975, «não foi confirmado nem desmentido». Mas soube-se de notícias do «nosso» Uíge, onde, ao Negage, «chegavam armas americanas destinadas à FNLA».
«Os aviões transportam armamento, entre o qual canhões provenientes de bases americanas na Alemanha», noticiava o Diário de Lisboa de 22 de 
O furriel José Oliveira e o capião Victor,
comandante da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fa-
zenda Liberato, com a esposa (holandesa)
Agosto, citando o MPLA, que denunciava «uma ponte aérea entre Kinshasa (no Zaire) e Nega-
ge» - a 40 kms. de Carmona, de onde os Cava-
leiros do Norte tinham saído a 4 de Agosto.
Um informador do mesmo MPLA, entretanto, e sobre os recentes combates do Caxito, confi-
denciou que «teriam sido abatidos mercenários brancos, provavelmente americanos».
Comandante em Aldeia
Viçosa e Liberato

Um ano antes, o Comandante Almeida e Brito deslocou-se a Aldeia Viçosa e Liberato, onde, respectivamente, se aquartelavam a 2ª. CCAV. 8423 (coman-
dada pelo capitão José Manuel Cruz) e a CCÇ. 209/RI 21 (capitão Victor).
A deslocação era normal, para contactos entre os comandos das subunidades.
O dia, a nível de Angola, foi de se conhecerem dificuldades em formar o Governo Provisório, que seria dirigido pelo almirante Rosa Coutinho - o presidente da Junta Governativa. 
«As consultas nesse sentido depararam, entretanto, com sérias dificuldades, tanto da parte dos portugueses como dos movimentos nacionalistas», noticiava o Diário de Lisboa.
Na prática, ninguém, se queria comprometer com um Governo «temporário e destinado a assegurar uma difícil transição para a independência»
Letras e Isaurinda, amor
que vem mesmo do tempo
de antes da guerra

Um amor cheio de
Letras, há 41 anos!

António Carlos Dias Letras foi furriel miliciano de Ope-
rações Especiais (Rangers), Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. E é um homem perma-
nentemente apaixonado!
Chegado de Angola e de coração a bombear paixão, apressou-se a levedar o seu amor por Isaurinda e, a 22 de Agosto de 1976, da casaca e laço, bem aperaltado, subiu ao altar para lhe jurar amor e fidelidade para sempre. Casaram-se há 41 anos, são pais de um casal, e ainda hoje continuam (e)namorados.
O Letras é filho de pais alentejanos: ele, de Vila Nova da
Os casais Letras e Viegas
em Setúbal, Abril de 2017
Baronia, no concelho de Alvito; e a mãe da bejense 
freguesia de Baleizão. Nasceu, porém bem longe e a norte, na Venda Nova, em Montalegre - quando os pais por lá trabalhavam na barragem inaugurada em 1951. Correu Portugal, pela meninice fora -«atrás» dos pais e no rasto de outras barragens... -, até que se fixou na zona de Setú-
bal. Ao tempo da tropa, vivia no lugar de Pontes, freguesia de S. Sebastião, em Setúbal. Mora agora na Quinta da Asseca, em Palmela - onde os 41 anos de casamento vão ser festa de arromba. E de boas memórias!
Parabéns, ó Isaurinda, amor maior de Letras! Parabéns, ó Letras, pela sorte e felicidade de teres Isaurinda com mulher de uma vida, mãe de teus filhos!


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