CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

3 869 - Invasão, assassínios, tortura, violações e canibalismo

Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe. Atrás, 1º. cabo Almeida e Alberto
Ferreira (atiradores). 1º. cabo Porfírio Malheiro, NN (bigode e cigarro na mão)
e NN. Em baixo, 1º. sargento Aires e alferes (ambos de óculos), 1ºs cabos
Frangãos (o Cuba, de óculos e a espreitar) e Teixeira (estofador), furriel
 Morais (de bigode e a rir) e NN. Que são os NN´s?  


Cavaleiros do Norte de Zalala: Salsicha (em cima, qual
é o nome?), NN (negro), Rogério Raposo, 1º. cabo Victor
Cunha (enfermeiro), furriel Victor Costa e Nemo. Em baixo,
Júlio Barbosa, Grilo, Zé M. Costa e Celestino Fernandes


Dia 30 de Agosto de 1975! Sábado! 
As tropas sul-africanas galgaram Pereira d´Eça, a 40 quilómetros da fronteira, ocuparam a cidade e continuaram An-
gola adentro, com «aviões e helicó-
pteros a sobrevoar General Roçadas».
A força sul-africana, denunciava o MPLA, era formada por cerca de 800 homens e, entre eles, «mercenários portugueses da ex-PIDE/DGS e ex-co-
mandos, apoiados por meios militares sofisticados, tais como carros blindados e obuses de longo alcance, etc.», rela-
Notícia do Diário de Lisboa de 30 de Agosto de 1975
sobre  avanço das tropas sul-africanas em Angola
tava o Diário de Lisboa.
O objectivo seria não só «assegurar o controlo de Pereira d´Eça e General Roçadas», mas também «prevendo-se o seu avanço em direcção a Sá da Bandeira, atacando no caminho uma base da SWAPO, que se situa entre a fronteira de Serpa Pinto».

A ruptura do MPLA com
o Governo de Portugal
no Diário de Lisboa
Assassínios, tortura,
violações e canibalismo

Os Cavaleiros do Norte continuavam  no Grafanil e a contar os dias para a viagem de regresso a Portugal, sabendo a 30 de Agosto de 1975 da «ruptura total do MPLA com o Governo Português», no seguimento da cessação do Governo Provisório, decretada pelo Alto Comissário Ferreira de Macedo - assim como a suspensão dos Acordos do Alvor.
«A coberto de uma pretensa neutralidade, o Governo Português permitiu que o nosso país fosse invadido pelo exército de Zaire e pelo da África do Sul», acusava um comunicado do MPLA, de 29 de Agosto, referido à entrada de tropas zairenses no norte e sul-africanas a sul.
O movimento de Agostinho Neto - o único que estava em Luanda... - também acusou Portugal de ter consentido «o assassínio em massa de angolanos, triturados até à morte, violados e espancados até os canibais do imperialismo se sentirem satisfeitos».
A acusações de canibalismo era especificamente dirigida à FNLA. Ao tempo e por Luanda, era vulgar ouvir-se falar em actos dessa natureza cometidos por forças ligadas ao movimento de Holden Roberto. Corria esse boato, que julgamos nunca ter sido confirmado.

Mendes de Zalala, 65
anos em Oleiros !

O soldado Mendes, atirador de Cavalaria e Cavaleiro do Norte da mítica e uíjana Fazenda de Zalala, está hoje em festa: comemora 65 anos!
Carlos Alberto Lopes Fernandes Mendes foi da 1ª. CCAV. 8423 e natural de Quartos de Oleiros, freguesia de Álvaro, no concelho de Oleiros. Lá voltou no final da comissão do Uíge angolano, a 9 de Setembro de 1975, e, tanto quanto sabemos, lá viverá. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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