CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

4 870 - As três proclamações de independência de Angola! Do MPLA, da FNLA e da UNITA!

A declaração do MPLA, em Luanda, a capital, a 11 de Novembro de 1975, há 44 anos: «Diante 
de África e do mundo, proclamo a independência de Angola»disse o presidente Agostinho Neto
Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi,
respectivamente presidentes da FNLA e da UNITA,
movimentos de libertação de Angola

A independência de Angola foi proclamada em dose tripla mas unilateral, a 11 de Novembro de 1975, hoje se passam 44 anos: uma em Luanda, pelo MPLA (a que viria a «vingar» e a ser reconhecida), outra no Ambriz, não muito longe (a da FNLA), e uma outra em Nova Lisboa (a da UNITA).
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 há mais de dois meses que tinham regressado a Portugal, mas, de ouvidos e olhos bem, abertos, continuavam 
A proclamação de Agostinho Neto
atentos à actualidade angolana. E, naturalmente, ao dia da independência - o histórico 11 de Novembro de 1975!
A declaração do MPLA ocorreu uma hora antes (às 23,10) da protocolada (zero horas do dia 11) e no estádio 1º. de Maio, em Luanda. Chegou a Portugal em directo e ouvia-a através da RDP. 
«Diante de África e do mundo, proclamo a independência de Angola», disse o presidente Agostinho Neto, num discurso que pode ser ouvido através do link abaixo indicado. 
O Diário de Lisboa, na reportagem sobre o histórico acontecimento, noticiou que «um combatente do «4 de Fevereiro» e um pioneiro do MPLA fizeram subir à meia note, no mastro de honra, a nova bandeira de Angola».
«A euforia que se apossou de Luanda repercutiu-se por todas as zonas já completamente libertadas pelo MPLA, onde o povo, portanto, pode dar, sem medo, vazão à sua alegria», reportava o Diário de Lisboa - jornal que desde sempre deu particular atenção aos acontecimentos de Angola e era muito próximo da linha política do MPLA.
A revista brasileira «Veja» publicou cartazes da FNLA,
MPLA e UNITA e legendou-os: «Cada movimento com
o seu próprio território e a sua própria independência»

Independências no Ambriz
e em Nova Lisboa !

O Ambriz, não muito longe de Luanda, foi cenário da declaração de independência da República Popular e Democrática de Angola, a da FNLA do presidente Holden Roberto. 
A antiga Nova Lisboa (actual cidade
Diário de Lisboa de 11 
de Novembro de 1975
 (1ª. página) 
de Huambo) foi o cenário da proclamação de independência da UNITA, o movimento liderado por Jonas Malheiros Savimbi - que não estava lá. Estavam Miguel N’Zau Puna, José N’Dele e Jerónimo Wang. Mas ambas as proclamações não foram consideradas oficiais. Não foram reconhecidas pela comunidade internacional.
Horas antes da proclamação da independência, «as forças do MPLA rechaçaram uma nova ofensiva», lançada na manhã da véspera, no Enclave de Cabinda, segundo a ANOP, precisando que «os invasores sofreram pesadas baixas, em homens e material (...), muitos prisioneiros e capturada grande quantidade de espingardas automáticas G3» e, além disso, também «destruídos blindados estrangeiros». Os atacantes fugiram para o Zaire.
Próximo de Luanda, no Quinfandongo, «a luta não cessou durante todo o dia e noite de ontem». Na mesma hora em que, em Luanda, se festejava a independência, «forças das FAPLA combatiam os mercenários da FNLA, em luta que chegou a travar-se corpo a corpo».
- O discurso de AgostinhoNeto, ver AQUI, no youtube
- A notícia do Diário de Lisboa, AQUI AQUI

Sem comentários:

Enviar um comentário