Aldeia Viçosa e parte dos edifícios que foram quartel da 2ª. CCAV. 8423. O de azul, à esquerda, é agora a esquadra da Polícia Nacional de Angola |
A17 de Novembro de 1975, há 44 anos e já Angola era independente (desde o dia 11), o Diário de Lisboa dava conta que «as FAPLA continuam a reforçar o seu efectivo da Frente Sul», nomeadamente na «linha defensiva montada nos morros do Pundo, próximo de Novo Redondo» - cidade que as forças do MPLA continuavam a controlar, «assim como a Lunda» - a leste. Mais a sul, todavia, «Lobito, Benguela e Sá da Bandeira continuam ocupadas pelos invasores».
Invasores que, ainda segundo o Diário de Lisboa desse mesmo dia, «auxiliados por mercenários portugueses, tiveram de retirar ao longo de toda a linha Caxito/Barra do Dande/Libongos, situando-se agora o seu reduto no Ambriz, onde estabeleceram fortes defesas».Após as tentativas de 7 e 10 de Novembro, para tomar Luanda, adiantava o jornal que «as forças ocupantes foram completamente rechaçadas pelas FAPLA, sofrendo 600 mortos e perdendo 8 blindados, além de muito outro material de guerra».
O dia 10 de Novembro de 1975 foi o da morte do tenente Pais, ex-oficial da Forças Armadas Portuguesas e que, ao tempo, era comandante do destacamento de blindados da FNLA.
A Frente Norte, o
Ambriz e Carmona!
O mesmo dia 17 de Novembro de 1975 foi tempo de, através do Diário de Lisboa, termos notícias do «nosso» Uíge angolano. Finalmente!
«Também na Frente Norte, toda a «rota do café» está na posse do MPLA, que ameaça agora o Ambriz e Carmona», reportava o o jornal vespertino da capital portuguesa, por cá lido com avidez e muita expectativa.
Ambriz e Carmona (capital do Uíge e cidade actualmente com esse nome) eram os redutos da FNLA e do seu Exército de Libertação Nacional de Angola - o ELNA. Que, na Frente Sul, continuava aliado às Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), braço armado da UNITA. Reportava o DL que «os mercenários e as forças do ELP avançam isoladas dos destacamentos fantoches da UNITA e da FNLA».
«Quando conquistavam qualquer cidade, abandonam-a poucas horas depois, logo que a UNITA e a FNLA cheguem», sublinhava o jornal vespertino de Lisboa, em serviço especial enviado pelo Diário de Luanda.
O dia 10 de Novembro de 1975 foi o da morte do tenente Pais, ex-oficial da Forças Armadas Portuguesas e que, ao tempo, era comandante do destacamento de blindados da FNLA.
«Situação grave na Frente Sul de Angola,
titulava o Diário de Lisboa de 17 de
Novembro de 1975. Há 44 anos!
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A Frente Norte, o
Ambriz e Carmona!
O mesmo dia 17 de Novembro de 1975 foi tempo de, através do Diário de Lisboa, termos notícias do «nosso» Uíge angolano. Finalmente!
«Também na Frente Norte, toda a «rota do café» está na posse do MPLA, que ameaça agora o Ambriz e Carmona», reportava o o jornal vespertino da capital portuguesa, por cá lido com avidez e muita expectativa.
Ambriz e Carmona (capital do Uíge e cidade actualmente com esse nome) eram os redutos da FNLA e do seu Exército de Libertação Nacional de Angola - o ELNA. Que, na Frente Sul, continuava aliado às Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), braço armado da UNITA. Reportava o DL que «os mercenários e as forças do ELP avançam isoladas dos destacamentos fantoches da UNITA e da FNLA».
«Quando conquistavam qualquer cidade, abandonam-a poucas horas depois, logo que a UNITA e a FNLA cheguem», sublinhava o jornal vespertino de Lisboa, em serviço especial enviado pelo Diário de Luanda.
Neto, Viegas e Monteiro, os três furriéis milicianos
«Rangers» da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV.
8423. Aqui, no Quitexe, em 1974
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A mobilização de 3 furriéis «Rangers»!
Ataque aéreo em Cabinda!
A mobilização dos três (futuros)
furriéis milicianos Rangers da CCS dos Cavaleiros do Norte foi há precisamente 46 anos: dia 17 de Novembro de 1973.
O Monteiro, o Viegas e o Neto, deles falamos, estavam ao tempo colocados no quartel-sede do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE) de Lamego. Eram monitores de instrução, depois do curso concluído a 29 de Setembro e iniciado no Destacamento de Penude a 16 de Julho anterior.
Ataque aéreo em Cabinda!
A ordem de serviço do CIOE com a mobi- lização dos futuros furriéis milicianos Monteiro, Viegas e Neto, |
furriéis milicianos Rangers da CCS dos Cavaleiros do Norte foi há precisamente 46 anos: dia 17 de Novembro de 1973.
O Monteiro, o Viegas e o Neto, deles falamos, estavam ao tempo colocados no quartel-sede do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE) de Lamego. Eram monitores de instrução, depois do curso concluído a 29 de Setembro e iniciado no Destacamento de Penude a 16 de Julho anterior.
A nota mobilizadora tinha o número 47 000 - Processo 33 007, da RSP/DSP/ME e foi, depois, publicada na Ordem de Serviço nº. 286, do CIOE, a 7 de Dezembro de 1973. Foi quando dela soubemos.
Um ano depois e já na jornada africana do Uíge, estávamos no Quitexe - onde foi tirada a foto de cima. Por esse tempo, soube-se que a 15 e 16 desse Novembro de há 45 anos, a aviação portuguesa interveio no Enclave de Cabinda, para «reprimir um motim no norte, perto da fronteira com o Congo» - chegando a violar o espaço aéreo deste país. Tratava-se da tentativa de libertação dos 22 militares detidos no forte, por antigos Tropas Especiais (TE) afectos à FLEC. Os TE «retiraram para território congolês», onde as autoridades locais «tomaram conta dos reféns portugueses e prenderam um mercenário francês».
Um ano depois e já na jornada africana do Uíge, estávamos no Quitexe - onde foi tirada a foto de cima. Por esse tempo, soube-se que a 15 e 16 desse Novembro de há 45 anos, a aviação portuguesa interveio no Enclave de Cabinda, para «reprimir um motim no norte, perto da fronteira com o Congo» - chegando a violar o espaço aéreo deste país. Tratava-se da tentativa de libertação dos 22 militares detidos no forte, por antigos Tropas Especiais (TE) afectos à FLEC. Os TE «retiraram para território congolês», onde as autoridades locais «tomaram conta dos reféns portugueses e prenderam um mercenário francês».
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