A Estrada do Café, que vai de Luanda a Carmona, actual cidade e capital do Uíge, na entrada desta e do lado do Quitexe |
Capitão José Paulo Falcão |
A 18 de Novembro de 1975 e na Angola já independente, as notícias adiantavam que «as FAPLA progridem(iam) na Frente Sul», como titulava o Diário de Lisboa, na sua primeira página. O que «acontecia pela primeira vez, nas duas últimas semanas».
O que não se confirmava era a tomada
Notícia sobre a actualidade angolana, a 18 de Novembro de 1975: «A FAPLA progridem na Frente Sul» |
«O inimigo não domina totalmente o Lobito e Benguela, dado que as suas posições estão a ser permanentemente contestadas pelas FAPLA, travando-se duros combates próximos das duas cidades», relatava o DL, acrescentando que «a coluna invasora que operava na zona Caxito/Barra do Dande/Libongos (...) está agora refugiada no Ambriz, tudo levando a crer que se junte às defesas do Uíge».
Na frente de Samba Caju, as FAPLA «conquistaram posições muito próximas de Camabatela» - que fica(va) muito perto do Quitexe e a uns 50 quilómetros da base aérea do Negage, por sua vez muito próxima de Carmona. A Carmona e o Uíge que os Cavaleiros do Norte tinham deixado a 4 de Agosto desse ano de 1975.
Vista Alegre: parte do que foi o quartgl da CCA;Ç. 4145 e da 1ª. CCAV. 8423 |
Manobras neo-colonialistas e sabotagens em Luanda !
A 18 de Novembro de 1974, uma segunda-feira de um ano antes, foi tempo de o capitão José Paulo Falcão participar em Carmona (e no BC12) em mais uma reunião de comandantes do Comando do Sector do Uíge (CSU). Agora tenente-coronel aposentado e residente em Coimbra era, ao tempo, o comandante interino do Batalhão de Cavalaria 8423.
O Diário de Lisboa desse dia acrescentava que «os acontecimentos de Luanda tem analogias surpreendentes com o 28 de Setembro de Lisboa». O que significaria serem «golpe de força ou um simples tactear da situação, qualquer destas hipóteses faz recordar esta tentativa fascista de Portugal».
As tentativas de sabotagem económica, escrevia o jornalista Eugénio Alves, no DL, «ligadas à campanha insidiosa lançada contra a Junta Governativa e mais veladamente contra o MPLA, ligadas também aos comunicados e posições assumidas por organizações como a FNLA, FUA e PCDA, teriam como objectivo preparar emocionalmente a opinião pública para um golpe de força»
O presidente da Junta Governativa falou também, e cito de novo o Diário de Lisboa, da «reocupação do quartel de Chimbueti, em Cabinda, ocupado durante vários dias por membros da FLEC e mercenários, comandados por um indivíduo louro, de forte compleição física e que se supõe ser belga».
Eugénio G. Carmo |
Carmo de Aldeia Viçosa,
67 anos na Covihã !
O 1º. cabo Eugénio Gonçalves do Carmo, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 19 de Novembro de 2019.
Atirador de Cavalaria dos Cavaleiros do Norte da guarnição de Aldeia Viçosa - e depois de Carmona - regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, ao lugar de Malhada da Chã, da freguesia de Piodão, no município de Arganil. Vive agora no lugar de Peneireiro, freguesia de Sobral de S. Miguel, na Covilhã, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
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