O edifício do Comando da Zona Militar Norte (ZMN) das Forças Armadas Portuguesas, em Carmona, é agora a sede da Justiça Militar angolana do Uíge |
O restaurante Escape, na Rua do Comércio, que foi local de culto gastronómico de Carmona pelo anos 1974/75. Está fechado, imagem de 25/09/2019 |
A cidade de Carmona e a província do Uíge viviam, há 45 anos, a «calma fictícia» de que fala Almeida e Brito no livro «História da Unidade», com «um e outro incidentes», que a tropa portuguesa ia resolvendo, com maior ou menor dificuldades.
Ao tempo, procurando marcar terreno, frequentemente as forças da FNLA e do MPLA se enfrentavam em pequenos incidentes, de alguma maneira replicando os de Luanda e que cada vez mais se aproximavam da zona de acção dos Cavaleiros do Norte - a Quibaxe e Úcua, a Salazar (actual N´Dalatando). Carmona e o Uíge eram, praticamente e nestes primeiros dias de Abril de 1975, a única zona angolana onde se mantinha a total soberania militar portuguesa.
As Forças Militares Mistas (FMM) faziam patrulhamentos na cidade e vias de acesso, noite e dia, comandadas por quadros portugueses e incluindo militares dos Cavaleiros do Norte e dos movimentos de libertação. O que não era nada fácil, devido às crescentes animosidades e desconfianças entre as forças angolanas e destas para com os militares portugueses do BCAV. 8423.
Segurança em Angola
preocupa(va) a ONU
A situação em Angola, há 45 anos, continuava delicada e motivou, a 4 de Abril de 1975, uma inesperada visita a Lisboa do embaixador Asdulrasim Farah.
Era enviado especial de Kurt Waldheim (então secretário geral da ONU) - que, nessa qualidade, iria participar, no dia 7, na Conferência da Organização da Unidade Africana (OUA), marcada para Dar-es-Salam, capital da Tanzânia.
«A segurança em Angola preocupa muito o secretariado da ONU», disse Asdulrasim Farah, frisando «esperar veementemente que os três movimentos de libertação se irmanem num espírito de cooperação para que a descolonização de Angola decorra da melhor maneira».
António Lopes, furriel enfermeiro |
Lopes, furriel da CCS, 69
anos em Vendas Novas !
O furriel miliciano António Maria Verdelho da Silva Lopes, da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 5 de Abril de 2020.
Enfermeiro de especialidade militar, foi um grande e bom companheiro da jornada africana do Uíge angolano, regressando a Portugal e a Vendas Novas no dia 8 de Setembro de 1975.
Aposentado da função pública, trabalhou na Autoridade Tributária (tesoureiro de Finanças), lá continua a morar e para lá vão os nossos parabéns!
Virgílio, o clarim
de Santa Isabel
O clarim Virgílio dos Santos Mateus, da 3ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte da uíjana Fazenda de Santa Isabel, festejou 23 anos a 5 de Abril de 1975.
Ao tempo aquartelado na vila do Quitexe, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se em Santo da Casa, no concelho do Fundão. Vive(rá), agora no Casal da Senhora da Saúde, onde amanhã comemora(rá) 68 anos. Parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário