CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 16 de maio de 2020

5 058 - A acção «verdadeiramente exemplar» das tropas portuguesas





Cavaleiros do Norte do PELREC na caserna do Quitexe: António, Messejana, Marcos, 
 Cordeiro, 1ºs. cabos Soares, Pinto (?) e Vicente (de tronco nu), Florêncio, Francisco 
(a fumar) e 1º. cabo Almeida (atirador). Em baixo, 1ºs. cabos Almeida (cozinheiro) e  
Ezequiel,  Florêncio (?), Madaleno, furriel Neto e Aurélio (Barbeiro)
O lago do jardim do Quitexe, a 24 de Setembro de 2019.
Ao fundo o edifício colonial da administração civil

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há 45 anos e pelo Uíge angolano, continuavam activíssimos, com «constantes patrulhamentos nos centros urbanos e nos itinerários principais».
A cidade de Carmona era «considerada a área mais fulcral do distrito» e isso exigia fartos sacrifícios da guarnição aquartelada no BC12. De resto, nunca regateados.
O actual «Pinguim», pastelaria e restaurante
de Carmona, na Rua do Comércio 
Aos 16 dias de Maio de 1975, há 45 anos e regressado a Lisboa, o Ministro dos Negócios Estrangeiros considerou «verdadeiramente exemplar a acção das nossas tropas» nos incidentes de Luanda. 
«Se não fossem elas, a situação teria saído ainda muito mais grave», acrescentou Melo Antunes, frisando também que «tentam neste momento anular as tentativas selvagens», sendo que uma das formas de fazê-lo «é o desarme, pelo menos parcial, das forças civis».
Ao mesmo tempo, «as forças militares do MPLA no distrito Zaire estão a ser retiradas devido à presença maciça de soldados da FNLA» - onde já estava «praticamente desaparecido o controlo português na fronteira entre Angola e o Zaire», o país de Mobutu Sese Seko, o presidente da FNLA.
A administração do Zaire angolano estava «praticamente paralisada» devido à fuga de funcionários públicos e os militantes do MPLA, segundo o Diário de Lisboa dessa data, «estavam a ser submetidos a agressões de militantes da FNLA». Muitos deles, aliás,  tinham sido já «evacuados pela Força Aérea Portuguesa, por a FNLA impedira sua deslocação por terra». 
A Ordem de Serviço 109, do RC4, com a
troca de mobilização de José L. C. Pirelho por José
Casimiro Rodrigues Guerreiro, da 2ª. CCAV. 8423


Troca de mobilizados
em Santa Margarida

Um ano antes, precisamente e em Santa Margarida, a Ordem de Serviço nº. 109 do RC4, de 8 de Maio de 1974, dava conta de uma troca de mobilizados: «(...) vindo da EPC, por ter aceite a troca de mobilização cm o soldado 05298173, José L. C. Pirelho, sem dispêndio para a Fazenda Nacional e com destino à 2ª. CCAV. 8423» apresentou-se 18151273 José Casimiro Rodrigues Guerreiro» -, que era soldado atirador de Cavalaria.
O Guerreiro viria a ser punido, já em Aldeia Viçosa, com 10 dias de prisão disciplinar, agravada para 20 no BCAV. 8423. O Comando do Sector do Uíge ainda agravou a pena para 20 dias de prisão agravada  (OS 114) e, mais tarde, ainda mais agravada foi, para 40 dias, conforme a OS 142 da Região Militar de Angola. Não regressou a Portugal com a Companhia e supomos que residirá no Algarve.

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