A messe de sargentos dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, antiga messe de oficiais do Bairro Montanha Pinto, em Carmona. Imagem de 15 de Setembro de 2019 |
Um posto de venda de produtos da terra na Estrada do Café e entre Aldeia Viçosa e o Quitexe |
Os Cavaleiros do Norte do BCAV . 8423, ha 4 anos e pelas nortenhas terras uíjanas do norte de Angola, estavam cada vez mais assoberbados com serviços, patrulhamentos e escoltas, que «esgotavam» a sua capacidade física e mental.
O Uíge era, e citamos o livro «História da Unidade», «uma espécie «ilha no mar da FNLA», com todas as inconvenientes posições» que de tal advém». Com frequentes escaramuças entre elementos dos movimentos de libertação.
O Songo, a uns 40 quilómetros de Carmona (agora Uíge), era onde estava, há 45 anos, a 1ª. CCAV. 8423, a do capitão Castro Dias - ida de Zalala, depois de Vista Alegre e Ponte do Dange.
Os crescentes e multiplicados incidentes de Carmona, por Maio fora, levaram os responsáveis militares a preparar uma nova remodelação no dispositivo militar.
«O galopar desenfreado dos acontecimentos leva a admitir a necessidade de, pelo menos, fazer vir a 1ª. CCAV. para Carmona, abandonando Songo e Cachalonde, porquanto se interpretam como desnecessárias, senão inconvenientes, tais guarnições militares», lê-se no livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
Viegas, Mosteias e Neto: três dos furriéis milicianos da Polícia Militar (PM),em 1975 e da cidade de Carmona |
PM nas ruas para
resolver quezílias
A rotação, porém, só viria a acontecer entre 6 e 12 de Junho seguintes, já depois dos dramáticos incidentes dos primeiros dias do mês, em Carmona - que sucederam aos que desde há meses se multiplicavam em Luanda e outras cidades de Angola, entre as forças da FNLA e do MPLA.
A cidade de Carmona respirava aparente serenidade, que as NT iam assegurando como gestores das cada vez mais visíveis diferenças entre os militantes e militares locais daqueles dois movimentos.
E com a comunidade civil.
O serviço de Polícia Militar (PM), exercido por Cavaleiros o Norte mais operacionais - casos dos furriéis milicianos Neto e Viegas, de Operações Especiais (Rangers), e do sapador Mosteias, que alternadavam 24 horas seguidas a patrulhar a cidade e os seus locais pais frequentados pelas NT... - foram um seguro garante da, e citamos o livro «HdU», da «resolução das muitas quezílias existentes entre a população civil as NT».
E isto, sublinhe-se, «devido a animosidade que aquela tem com estas». Animosidade, insultos e provocações constantes da comunidade civil para com
Carmona, actual cidade do Uíge;: a rua que liga a do Comércio (do Pinguim) à do Cime Moreno e Rádio Clube |
A área mais
fulcral do distrito
A situação, vista 45 anos depois, ainda nos parece uma ilusão: como era possível, a tão reduzida guarnição militar, manter a segurança na cidade e nos itinerários de acesso? Sem dúvida, só com multiplicados esforços e sacrifícios do pessoal - normalmente dia-sim-dia-não de serviço, ora interno (no BC12), ora no exterior, neste caso «mantendo permanentemente o patrulhamento nos centros urbanos e nos itinerários, especialmente em Carmona», considerada, sendo o livro «História da Unidade», como «a área amais fulcral do distrito».
Não faltou determinação e coragem aos Cavaleiros do Norte!
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