CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

5 885 - A epopeica coluna de Carmona para Luanda, há 47 anos e com cerca de 700 viaturas !


A coluna para Luanda, a 5 de Agosto de 1975: furriel Guedes e soldado Santos (2ª. CCAV.), 
1º. cabo Deus (da 3ª. CCAV.), 1º. cabo Mendes (2ª. CCAV.) e outro militar de Santa Isabel.
 Coluna dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de Carmona para Luanda, via Negage, por 
Salazar (actual N´Dalatando) e Dondo, há precisamente 47 anos!

Um helicóptero da Força Aérea foi alvejado
durante a coluna de Carmona para Luanda. Há
47 anos (e não 42, como se lê na imagem)

A epopeica coluna dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de Carmona para Luanda,  chegou a a Samba Caju às 20,30 horas de há 47 anos, dia 5 de Agosto de 1975. Onde pernoitou.
«Agora com cerca de 700 viaturas», relata o livro «História da Unidade», precisando que tinha retomado a marcha pelas 19 horas de 4 de Agosto de 1975, e, uma hora depois, atravessou o controlo de Camabatela, onde se incorporaram «mais uns quantos civis»
O livro «História da Unidade refere que «a guerra psicológica travada no Negage fora esgotante para os nervos», mas, também sublinha(va), «estavam vencidas as
Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa: Oliveira,
Ferreira e Rocha. Atrás, o furriel Ferreira
e... quem é este Cavaleiro do Norte?
primeiras grandes dificuldades».
A marcha foi retomada às 5  horas da
manhã, depois de uma noite mal dormida, e 2,30 horas depois «atingiu-se o controlo de Samba Caju, onde surgiram novas dificuldades, novamente torneadas». Mas que, de qualquer modo, pararam a coluna por uma longa hora.  

Helicóptero alvejado e
viaturas abandonadas

Vila Flor atingiu-se às 11,30 horas desse mesmo dia e «mais viaturas se juntaram à coluna».
Daí para a frente, e em vários quilómetros (quantos?, vá lá saber-se...) ), era terra de ninguém. Nem da FNLA, de cujo feudo ia a coluna dos Cavaleiros do Norte, nem do MPLA - em cujo território ia entrar. Por volta das 13 horas fez-se «nova paragem para juntar todas as viaturas e refazer a coluna».
«Ia-se entrar na terra do MPLA e havia que reconhecer itinerário. Para tal, recorreu-se aos helicópteros estacionados em Salazar e que estavam à nossa espera», reporta o Livro da Unidade.
Um deles foi alvejado durante o reconhecimento aéreo e, por volta das 13,30 horas, «contactou-se o MPLA, via terrestre», logo se retomando a marcha e meia hora depois chegado a Lucala - onde se abandonou mais uma viatura. 
Salazar, actual N´dalatado, era logo a seguir, lá se chegou às 16 horas, e demorou-se 4 horas a atravessar a cidade. Nomeadamente, porque tiveram de ser reparadas várias viaturas, uma delas lá ficando abandonada.
A marcha foi retomada, agora «incorporando uma Companhia de Paraquedistas que se encontrava de reserva no Comando Territorial de Salazar». Passou-se ao Dondo (às 23 horas) e por volta da uma gora da madrugada de 6 de Agosto de 1975, fez-se «nova interrupção de marcha» - retomada às 7 horas e a 174 quilómetros de Luanda.

O Rocha faria hoje
70 anos. Faleceu
em Maio de 2015

Rocha de Aldeia, 1º. cabo de Aldeia
Viçosa, faria 70 anos. Faleceu há 7!

O 1º. cabo enfermeiro António Gomes da Rocha, da 2ª. CCAV. 8423, faria 70 anos 5 de Agosto de 2021. Hoje mesmo. Faleceu a 9 de Maio de 2015, de doença.
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa (e depois de Carmona), do comando do capitão miliciano José Manuel Cruz, era natural do lugar de Ribeiro, da freguesia de Melhundos, em Penafiel - aonde voltou a 10 de Setembro de 1975. Por lá fez vida e era habitual e sempre activo e bem disposto participante dos encontros dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. Residia na António Ferreira Gomes, em Penafiel, e hoje o recordamos com saudade, dele fazendo memória. RIP!!!


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