CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

6 902 - MPLA denunciou aviões na base do Negage com armamento americano ido da Alemanha !

Grupo de Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todos milicianos e num jardim da
 cidade 
de Carmona: furriéis António José Cruz, José Lino e Manuel Machado,
alferes Pedrosa de Oliveira (à civil) e furriel Nelson Rocha. Há 47 anos!

O Diário de Lisboa de 22/08/1975
e a situação em Angola


A «existência de uma ponte aérea entre Kinshasa e o Negage, para transportar armas americanas destinadas à FNLA» era a momentosa notícia da actualidade angolana de há 47 anos - dia 22 de Agosto de 1975.
O Negage fica(va) a uns 40 quilómetros de Carmona e dispunha de uma base/aeroporto militar que os portugueses tinham deixado a 4 de Agosto, e a ponte aérea foi denunciada pelo MPLA do presidente Agostinho Neto. E as suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola - as FAPLA.
«Os aviões que pousam no Negage transportam material de armamento, entre o qual canhões, provenientes de bases americanas na Alemanha», acusava o partido/movimento presidido por Agostinho Neto, referindo, também e entretanto, que «as posições reconquistadas no Caxito mantém-se e consolidam-se» pelo MPLA.
O Diário de Lisboa desse dia notava que o MPLA tinha «abatido elementos brancos tidos como mercenários, provavelmente americanos». Na altura, corriam boatos por Luanda, dando como certa «a presença de americanos e chineses na orientação das forças da FNLA que actuam naquele sector». O do Caxito, mioto perto da capital.
O Negage, recorde-se, dispunha de uma importante base aérea, acima referida e que tinha sido portuguesa e lá «abandonada» no dia 4 de Agosto, quando da capital do Uíge saiu a epopeica coluna militar liderada pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
O capitão Victor, comandante da
CCAÇ. 209/RI 21, a do Liberato,
e o furriel José Oliveira

Comandante no Liberato
e em Aldeia Viçosa !

Um ano antes e pelas bandas do Uíge nortenho de Angola, o tenente-coronel Carlos Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, deslocou-se à Fazenda do Liberato e a Aldeia Viçosa.
A esse tempo de há 48 anos, lá se aquartelavam, respectivamente, a CCAÇ. 209/RI 21 (de Nova Lisboa) e a 2ª. CCAV. 8423 - subunidades do BCAV. 8423, comandadas pelos capitães milicianos Victor Correia e José Manuel Cruz.
O objectivo da deslocação era, de acordo com o livro «História da Unidade», de que nos socorremos, «estabelecer contactos operacionais», no âmbito do que, no tempo, eram «as normais visitas às subunidades».
A CCAÇ. 209/RI 21 foi a subunidade que, a 27 de Setembro de 1974, se revoltou e foi «esperada» na Estrada do Café pelos Cavaleiros do Norte do PELREC da CCS e voltou para trás, dando volta para se dirigir a Carmona 
O livro «História da Unidade» faz breve referência a esta revolta: «Em 27 de Setembro, na sequência de outros incidentes internos, processaram-se na CCAÇ. 209 graves problemas disciplinares, os quais passaram ao controlo do Comando do Sector do Uíge!». E sobre estes incidentes, nada mais diz.
 A Companhia de Caçadores 209 começou a abandonar a Fazenda Liberato no dia 8 de Novembro seguinte, numa operação que terminou no dia seguinte. Para Nova Lisboa e a sua unidade mobilizadora.


Furriel Carlos Letras, 46
anos de juras d´amor!
Os namorados...
 
O furriel miliciano António Carlos Dias Letras, especialista de Operações Especiais (Rangers) e Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, fez juras de amor eterno a 22 de Agosto de 1976. Casou com Isaurinda.
Casualmente nascido na Venda Nova, no Gerez, onde em barragens trabalhava seu pai, era (é) originário de Vila Nova de Baronia, no Alvito (chão natal do progenitor), sendo a mãe natural de Baleizão, em Beja.
Isaurinda por ele se deixou «levar» em promessas de namorados e dele recebeu a aliança de amor eterno neste dia de há 46 anos. e sem se arrepender(em).
O Letras trabalhou em escritórios e foi empresário do sector comercial do sector do mobiliário. Agora e já há vários anos aposentado, vive em Palmela e o seu dia-a-dia é passado entre fartas pescarias de mar e vastos passeios turísticos.
O casal tem dois filhos (um casal). Parabéns, Letras & Companhia!

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