Notícias de Angola no «Diário de Lisboa» de 12/08/1975 |
A situação militar em Angola, a 12 de Setembro de 1975, não era a melhor e a imprensa portuguesa relatava que «reina a calma na cidade de Luanda, onde os últimos efectivos da FNLA que se encontravam acoitados em S. Pedro da Barra, foram já retirados» e o MPLA «mantém firmemente as suas posições na capital angolana».
Há precisamente 47 anos!
O Gabinete do Alto Comissário divulgou um comunicado, dando conta que as Forças Armadas Portuguesas, a pedido da FNLA, tinham evacuado o pessoal do ELNA que estava na cidade: 450 de S. Pedro da Barra (que logo foi ocupado pelas forças portuguesas) e 500 do Bairro do Saneamento (que, no dia 9 de Agosto, saíram por via marítima). Para 12 de Setembro, ficou marcada a saída dos ELNA´s que estavam no Grafanil e integravam as Forças Militares Mistas.
A UNITA «também já retirou», relatava o Diário de Lisboa, e na véspera «apenas um funcionário se mantinha», mas também ele «preste a retirar para Nova Lisboa».
Luanda, «apesar de ter voltado a calma» contava aos milhares «os candidatos à transferência para outras zonas», onde, reportava o jornal, «a fome espreita». Na capital angolana e contrariamente ao que se admitia na véspera (em que se sublinhava o espectro da fome), «começava a faltar o café, a gasolina e o tabaco», mas, frisava o jornal, «a vida continua a decorrer normalmente, ao passo que, no sul, água se torna rara, a carne é difícil de encontrar e o pão é inexistente».
Mas «ainda não se atingiu o alarme no capítulo do abastecimento alimentar», como sublinhava o Diário de Lisboa. Porém, como nós mesmos testemunhámos, sem quaisquer dúvidas, restaurantes havia que nem sequer abriam portas, por falta, justamente, de... géneros alimentícios.
O Gabinete do Alto Comissário divulgou um comunicado, dando conta que as Forças Armadas Portuguesas, a pedido da FNLA, tinham evacuado o pessoal do ELNA que estava na cidade: 450 de S. Pedro da Barra (que logo foi ocupado pelas forças portuguesas) e 500 do Bairro do Saneamento (que, no dia 9 de Agosto, saíram por via marítima). Para 12 de Setembro, ficou marcada a saída dos ELNA´s que estavam no Grafanil e integravam as Forças Militares Mistas.
A UNITA «também já retirou», relatava o Diário de Lisboa, e na véspera «apenas um funcionário se mantinha», mas também ele «preste a retirar para Nova Lisboa».
Luanda, «apesar de ter voltado a calma» contava aos milhares «os candidatos à transferência para outras zonas», onde, reportava o jornal, «a fome espreita». Na capital angolana e contrariamente ao que se admitia na véspera (em que se sublinhava o espectro da fome), «começava a faltar o café, a gasolina e o tabaco», mas, frisava o jornal, «a vida continua a decorrer normalmente, ao passo que, no sul, água se torna rara, a carne é difícil de encontrar e o pão é inexistente».
Mas «ainda não se atingiu o alarme no capítulo do abastecimento alimentar», como sublinhava o Diário de Lisboa. Porém, como nós mesmos testemunhámos, sem quaisquer dúvidas, restaurantes havia que nem sequer abriam portas, por falta, justamente, de... géneros alimentícios.
Três exércitos, o
fogo das armas
Angola, foram de Luanda, continuava a ferro e fogo, com três exércitos em armas: o ELNA (da FNLA), as FAPLA (do MPLA) e as FALA (da UNITA).
«Quase todas as regiões do país estão em fogo de armas», reportava o Diário de Lisboa de 12 de Agosto de 1975. E apontava o Caxito (a norte de Luanda e a caminho de Carmona), em Moçâmedes (no extremo sul) e em Nova Lisboa (no sueste, centro do país). E «aumento de tensão» em Sá da Bandeira.
Os três movimentos de libertação «travam combates sobre combates, procurando alargar a sua zona de influência»: o MPLA a predominar no centro, leste e costa ocidental, a UNITA predominantemente no sul (e cada vez mais próxima da FNLA), a FNLA «bem instalada no norte».
O norte angolano, que era a terra onde os Cavaleiros do Norte tinham jornadeado até uma semana antes e de onde não chegavam notícias.
Alferes Domingos Carvalho de Sousa |
Alferes Carvalho festeja 70
anos em Marrazes de Leiria!
O alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa, da 2ª. CCAV. 8423, está hoje em festa: faz 70 anos neste dia 12 de Agosto de 2022!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e oficial dos Cavaleiros do Norte da subunidade de Aldeia Viçosa, regressou a Portugal a 10 de Setembro de 1975 - no final da sua jornada africana do norte de Angola, que também o levou a Carmona. Ao lugar de Marinheiros, freguesia de Marrazes, em Leiria, de onde é natural e onde residia. Ainda hoje lá vive - agora na Travessa do Outeiro do Pomar -, reformado depois de uma vida de trabalho técnico e finalmente na área das vendas, como técnico comercial durante 20 anos.
O alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa, da 2ª. CCAV. 8423, está hoje em festa: faz 70 anos neste dia 12 de Agosto de 2022!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e oficial dos Cavaleiros do Norte da subunidade de Aldeia Viçosa, regressou a Portugal a 10 de Setembro de 1975 - no final da sua jornada africana do norte de Angola, que também o levou a Carmona. Ao lugar de Marinheiros, freguesia de Marrazes, em Leiria, de onde é natural e onde residia. Ainda hoje lá vive - agora na Travessa do Outeiro do Pomar -, reformado depois de uma vida de trabalho técnico e finalmente na área das vendas, como técnico comercial durante 20 anos.
Grande e forte abraço para ele, neste dia 12 de Agosto do século XXI, quando passa mais um belo dia sua grande sénior da vida. Parabéns!
Picote, condutor da CCS,
faleceu há 4 anos !
Lá nasceu a 10 de Novembro d 1952 e lá regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e, solteiro, teve as setas do amor a assaltar-lhe o coração em 2014, aos 62 anos, então casando com Celeste Utom, guineense e mãe de dois filhos e de quem, de resto, até adoptou o apelido.
A família próxima é que esteve em desacordo com o casamento, mas ele «juntou os trapos» e fez uma grande festa. Tinha 62 anos! A saúde é que o foi fragilizando, decorrente de imensas complicações hepáticas.
Hoje, quando 4 anos se passa, sobre o seu passamento, o recordamos com saudade. RIP!!!
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