O aquartelamento de Aldeia Viçosa no dia 24 de Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas, da CCS. A casa azul, à esquerda, é agora a esquadra da Polícia Nacional de Angola |
Há 48 anos!
O objectivo da visita era, a exemplo de outras deslocações a outras sub-unidades dos Cavaleiros do Norte, «estabelecer contactos operacionais». Preparava-se, ao tempo, a remodelação do dispositivo militar e, obviamente, importava diligenciar tarefas e delinear missões.
Aldeia Viçosa aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, e de lá, e mais íntimos de mim, eram os furriéis Matos e Letras. Este, desde o curso de Operações Especiais (Ranger´s) de Lamego, tal qual o (alferes miliciano) Machado.
Aldeia Viçosa aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, e de lá, e mais íntimos de mim, eram os furriéis Matos e Letras. Este, desde o curso de Operações Especiais (Ranger´s) de Lamego, tal qual o (alferes miliciano) Machado.
O Matos (na foto), furriel e meu vizinho de Anadia (ainda hoje) e contemporâneo da Escola Prática de Cavalaria e das longas viagens de Santa Margarida, no SIMCA 1100 do Francisco Neto.
Governo de Transição
de Angola !
Ao tempo, um dos temas principais era a formação do Governo de Transição de Angola.
Agostinho Neto, líder do MPLA, admitia formar governo com a UNITA e a FNLA e afirmou que os militantes do MPLA iriam passar da luta armada para a luta política. Mas o dissonante Daniel Chipenda, em Kinshasa, dava conta da sua não concordância com a assinatura do acordo com os portugueses. Liderava uma facção do MPLA e argumentava que Agostinho Neto não podia falarem nome de todo o movimento (partido).
Chipenda, que tinha sido futebolista da Académica de Coimbra e do Benfica, avisava o governo português: «O cessar-fogo aceite por Agostinho Neto só será respeitado pelas forças que o reconhecem como chefe». Muitas águas se iriam passar, como adivinharão, sob a ponte da independência que se pretendia construir em alicerces de paz!
de 1975, a 17 dias da
independência!
Um ano depois, a 24 de Outubro de 1975, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já estavam em Portugal e, a 17 dias da independência, Angola estava a ferro e fogo.
independência!
Um ano depois, a 24 de Outubro de 1975, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já estavam em Portugal e, a 17 dias da independência, Angola estava a ferro e fogo.
O MPLA e as suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA´s) controlava a maior parte do território e decretou a mobilização popular de «todos os homens entre os 18 e os 35 anos».
«Angola está sujeita a uma invasão estrangeira, a soldo do imperialismo e que se processa em várias frentes», referia o comunicado do Comissariado Político do Estado Maior das FAPLA, lido aos microfones da Emissora Oficial de Angola por José Van Dunnen, explicando que «não se trata de enviar recrutas em instrução para a frente de combate, pois os efectivo das FAPLA são suficientes para as necessidades imediatas, mas para constituir uma força militar mais ampla, face à invasão do território».
A imprensa do dia noticiava que, na Frente Sul, «a situação mantém-se grave (...), pressionada pelas forças invasoras, constituídas por mercenários recrutados na África do Sul, pelo traidor Daniel Chipenda, e por forças regulares daquele país». Já tinham atingido Chíbia (antiga vila General João de Almeida) e aproximavam-se de Sá da Bandeira.
«Angola está sujeita a uma invasão estrangeira, a soldo do imperialismo e que se processa em várias frentes», referia o comunicado do Comissariado Político do Estado Maior das FAPLA, lido aos microfones da Emissora Oficial de Angola por José Van Dunnen, explicando que «não se trata de enviar recrutas em instrução para a frente de combate, pois os efectivo das FAPLA são suficientes para as necessidades imediatas, mas para constituir uma força militar mais ampla, face à invasão do território».
A imprensa do dia noticiava que, na Frente Sul, «a situação mantém-se grave (...), pressionada pelas forças invasoras, constituídas por mercenários recrutados na África do Sul, pelo traidor Daniel Chipenda, e por forças regulares daquele país». Já tinham atingido Chíbia (antiga vila General João de Almeida) e aproximavam-se de Sá da Bandeira.
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