CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

6 969 - O dia final do desarmamento dos milícias da ZA dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!

Cavaleiros do Norte no bar de sargentos no Quitexe: furriéis Luís Capitão (falecido a 05/01/2010, de doença e em Ourém)
 e Cardoso (de garrafa na mão), soldados Almeida e Lajes (da cozinha e do bar) e furriel 
Flora. Na linha do meio, os
 
furriéis Cruz (de óculos e mão em frente), NN (tapado), Costa (morteiros). Reino e Carvalho. À frente, o Bento (de
bigode), Lopes (Grenha), José Carlos Fonseca (que hoje faz 71 anos) e Rocha 


Cavaleiros do Norte no Quitexe. De frente, furriéis Rocha (de
bigode), Fonseca (a fumar), Bento, Viegas, Belo (de óculos),
 e Ribeiro. Em primeiro plano e à esquerda, o Monteiro
O dia 28 de Outubro de 1974, há precisamente 48 anos, foi tempo para para mais uma reunião do Comando do Sector do Uíge (CSU); em Carmona, na qual participou o tenente-coronel Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423.
O dia foi também o da concretização do processo de desarmamento dos milícias, que se vinha a desenvolver desde 21 de Outubro, com alguns entraves pelo meio. Isto, nomeadamente
porque os povos da Quitexe e Aldeia Viçosa manifestaram preocupações que tinham a ver com a sua defesa, ante eventuais «acções de depradação e exigência do IN», muito embora estivesse declarado o cessar-fogo.
O argumento, segundo o livro «História da Unidade», era «difícil de contrariar», já que, ainda de acordo com o LU, «é impossível garantir a sua vivência pacífica, pois as NT não chegarão para superar todas as dificuldades e situações que se lhe apresentem».
A 26 de Outubro de 1974, como aqui há dias recordámos e «com vista a resolver a situação apresentada», realizou-se no Quitexe «um reunião com todos os regedores, ao quais foi feito ver a necessidade de entregarem o armamento das milícias».
O que, felizmente, «veio a suceder, voluntariamente, a partir de 28 de Outubro», há precisamente 48 anos.
Grupo de regedores dos aldeamentos 
(sanzalas) do Quitexe (foto da net)

Milícias «feios
com os turras» !

A memória refrescou-se sobre uma conversa com o alferes Garcia, numa escolta ao dr. Manuel Leal (capitão médico miliciano), a uma sanzala dos arredores do Quitexe, quando nos disse que os milícias de lá (e o regedor) estavam «feitos com os turras», para, por isso mesmo, «abrirmos os olhos».
O infelizmente já falecido alferes Garcia (a 2 de Novembro de 1979, de acidente de viação e ao serviço da Polícia Judiciária) lá saberia do que falava, pois trabalhava regularmente com o capitão José Paulo Falcão, o oficial de operações, e tinha informações que, naturalmente, não partilhava connosco.
Seja como for, o desarmamento decorreu sem problemas, com a entrega das armas no respectivo depósito do Quitexe, ao cuidado do BCAV. 8423. Não sei que destino lhe foi dado.

Pratas Moreira de Santa Isabel, 
70 anos nas Praias do Sado !

O 1º. cabo José Bernardo Pratas Moreira, da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, está hoje em festa: comemora 70 anos.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da subunidade comandada pelo capitão José Paulo de Oliveira Fernandes, é natural e voltou a Estrada de Santas, na freguesia de S. Sebastião, em Setúbal, a 11 de Setembro de 1975, no final da sua comissão  militar por terras do Uíge angolano - que, além de Santa Isabel, o levou ainda ao Quitexe e à cidade de Carmona. 
Pouco mais sabemos dele. Apenas que mora(rá) por lá perto de Setúbal, agora no Bairro da SAPEC, em Praias do Sado. Para lá e para ele vão as nossas felicitações pela data feliz que hoje passa! Parabéns!

Sem comentários:

Enviar um comentário