 |
| O BC12, último quartel angolano dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e das Forças Armadas Portuguesas em Carmona, actual cidade do Uíge - capital da província deste mesmo nome. Dali saíram, definitivamente, a 4 de Agosto de 1975. Foto do furriel Viegas, aquando da sua passagem no Uíge, a 24 e 25 de Setembro de 2019 |
 |
Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423,furriéis miliciamos e na vila do Quitexe, em 1975. De pé, António Fernandes, Graciano Silva, um combatente da FNLA e Francisco Neto. Em baixo, Nelson Rocha, José A. Querido e João Cardoso |
 |
| BCAV. 8423 |
Os primeiros dias de Abril de 1975, lá pela terra saudosa de Angola, e já em Carmona, decorriam tranquilamente, escaramuça aqui, escaramuça acolá..., nada que os Cavaleiros do Norte não resolvessem.
A guarnição do BCAV. 8423, formada pela CCS e um grupo de combate da 2ª. CCAV., já estava muito mais bem adaptada às exigências urbanas - e aos perigos que para todos eles eram novidade, ali chegados cheios de muitos medos das matas e das picadas de morte...
Ao tempo de há 48 anos e passado um mês desde a chegada do Quitexe, já muita coisa tinha acontecido e por estes primeiros dias abrilinos de 1975, continuavam os patrulhamentos mistos na cidade, sempre embrulhados nas desconfianças que os elementos da FNLA e do MPLA não escondiam, entre eles.
Antes mostravam e faziam questão de exibir.
A pequena guarnição do BCAV. 8423 estava instalada no BC12 e cada vez mais menos chegava para as encomendas: serviços internos (que não podiam deixar de ser executados) e principalmente os patrulhamentos mistos, 24 sobre 24 horas, na cidade e, pouco depois, nos acessos rodoviários, para «garantir a liberdade de circulação» de pessoas e bens. Passou a ter «patrulhamentos de longo curso», assim estão baptizados no livro «História da Unidade».
Luanda calma, e verdade,
mas... não tanto assim!!!...
A situação em Luanda, a esse tempo e apesar das aparências, continuava muito periclitante na malha suburbana, muito embora se circulasse tranquilamente pela chamada «cidade do alcatrão».
Os furriéis milicianos Viegas e Cruz, que por lá andava a «laurear o queijo«, em gozo de férias, por guerra nenhuma deram e deslocavam-se sossegadamente por qualquer lado da cidade. A cidade branca, a do alcatrão..., frequentando praias e a cosmopolita baixa, bares e restaurantes, a noite e os clubes da dita!
A única nota mais visivelmente delicada, em panfleto profusamente distribuído pelo MPLA (e não divulgado em jornais e rádios), era a da convocatória de uma manifestação para exigir a substituição do Alto-Comissário (o general Silva Cardoso) e o regresso das tropas da FNLA aos quartéis.
Jornais portugueses
proibidos em Angola!
A FNLA de Holden Roberto, por sua vez e pela voz do ministro Jonhy Eduardo, negava qualquer responsabilidade nos graves e sangrentos incidentes dos dias anteriores, assim como a existência de prisões e fuzilamentos dos homens do seu movimento.
A pequena guarnição do BCAV. 8423 estava instalada no BC12 e cada vez mais menos chegava para as encomendas: serviços internos (que não podiam deixar de ser executados) e principalmente os patrulhamentos mistos, 24 sobre 24 horas, na cidade e, pouco depois, nos acessos rodoviários, para «garantir a liberdade de circulação» de pessoas e bens. Passou a ter «patrulhamentos de longo curso», assim estão baptizados no livro «História da Unidade».
 |
| O furriel Viegas de férias em Luanda, há 48 anos, desfrutando das areais da praia da Restinga (ilha) |
Luanda calma, e verdade,
mas... não tanto assim!!!...
A situação em Luanda, a esse tempo e apesar das aparências, continuava muito periclitante na malha suburbana, muito embora se circulasse tranquilamente pela chamada «cidade do alcatrão».
Os furriéis milicianos Viegas e Cruz, que por lá andava a «laurear o queijo«, em gozo de férias, por guerra nenhuma deram e deslocavam-se sossegadamente por qualquer lado da cidade. A cidade branca, a do alcatrão..., frequentando praias e a cosmopolita baixa, bares e restaurantes, a noite e os clubes da dita!
A única nota mais visivelmente delicada, em panfleto profusamente distribuído pelo MPLA (e não divulgado em jornais e rádios), era a da convocatória de uma manifestação para exigir a substituição do Alto-Comissário (o general Silva Cardoso) e o regresso das tropas da FNLA aos quartéis.
Jornais portugueses
proibidos em Angola!
A FNLA de Holden Roberto, por sua vez e pela voz do ministro Jonhy Eduardo, negava qualquer responsabilidade nos graves e sangrentos incidentes dos dias anteriores, assim como a existência de prisões e fuzilamentos dos homens do seu movimento.
E apontava o dedo ao MPLA, acusando-o de «ter provocado o clima de tensão que se viveu nos últimos dias».
Novidade há 48 anos, depois da censura a jornais e rádios angolanos (não havia televisão) foi a proibição de circularem em Angola os jornais Expresso e Sempre Fixe (portugueses) e Notícias (de Lourenço Marques, actual Maputo, em Moçambique). Por lá, apenas a Emissora Oficial de Angola poderia publicitar os comunicados oficiais. As restantes, emissoras só podiam ter a emissão normal (sem os boletins noticiosos).
José Luzia, 1º. sargento
da CCS, faleceu há 6 anos!
O 1º. sargento José Claudino Fernandes Luzia, chefe da secretaria da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 6 anos, a 2 de Abril de 2017, de doença e hospitalizado na cidade da Amadora.
Novidade há 48 anos, depois da censura a jornais e rádios angolanos (não havia televisão) foi a proibição de circularem em Angola os jornais Expresso e Sempre Fixe (portugueses) e Notícias (de Lourenço Marques, actual Maputo, em Moçambique). Por lá, apenas a Emissora Oficial de Angola poderia publicitar os comunicados oficiais. As restantes, emissoras só podiam ter a emissão normal (sem os boletins noticiosos).
 |
| José Luzia, 1º. sargento da CCS |
José Luzia, 1º. sargento
da CCS, faleceu há 6 anos!
O 1º. sargento José Claudino Fernandes Luzia, chefe da secretaria da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 6 anos, a 2 de Abril de 2017, de doença e hospitalizado na cidade da Amadora.
Militar de carreira, era natural de Santa Vitória, freguesia da alentejana cidade e município de Beja, onde nasceu a 10 de Dezembro de 1933. Continuou a carreira militar depois do regresso da jornada angolana por terras do Uíge, o que aconteceu a 8 de Setembro de 1975.
Atingiu a patente de sargento-mor e, já aposentado, faleceu de doença, na cidade da Amadora, onde residia e aos 74 anos de idade. Hoje aqui o recordamos.
Atingiu a patente de sargento-mor e, já aposentado, faleceu de doença, na cidade da Amadora, onde residia e aos 74 anos de idade. Hoje aqui o recordamos.
RIP!!!
José Costa de Zalala
faria hoje 71 anos !
O soldado José Maria Soares da Costa, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da uíjana Fazenda Maria João, faria 71 anos a 2 de Abril de 2023. Faleceu em 2009.
Cavaleiro do Norte da mítica Zalala, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, a Bondes, lugar da freguesia de Duas Igrejas, em Vila Verde. Foi profissional da GNR e faleceu de doença, a 11 de Dezembro de 2009, aos 57 anos, ainda muito novo, e quando prestava serviço no Posto de Freixo, em Ponte de Lima.
Hoje aqui o recordamos com saudade. RIP!!!
 |
| A Fazenda de Zalala |
José Costa de Zalala
faria hoje 71 anos !
O soldado José Maria Soares da Costa, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da uíjana Fazenda Maria João, faria 71 anos a 2 de Abril de 2023. Faleceu em 2009.
Cavaleiro do Norte da mítica Zalala, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, a Bondes, lugar da freguesia de Duas Igrejas, em Vila Verde. Foi profissional da GNR e faleceu de doença, a 11 de Dezembro de 2009, aos 57 anos, ainda muito novo, e quando prestava serviço no Posto de Freixo, em Ponte de Lima.
Hoje aqui o recordamos com saudade. RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário