O capitão Tojal de Meneses, comandante da 1ª. CCAÇ. 5015, e o furriel Américo Rodrigues, da 3ª. CCAV. 8423, falecido a 30 de Agosto de 2018, de doença e em VN de Famalicão! |
Há precisamente 48 anos, no dia 14 de Abril de 1975, a guarnição militar de Carmona, actual cidade do Uíge, foi reforçada com um Grupo de Combate da 1ª. CCAÇ. do Batalhão de Caçadores 5015.
Esta subunidade tinha sido formada em Chaves e rodava do Songo, a uns 40 quilómetros e onde há meses estaca aquartelada. Era comandada pelo capitão miliciano Tojal de Meneses e, por coincidência muito próxima, a 1ª. CCAV. 8423 foi substituí-la no dia 24 desse mês. Era o efeito prático das rotações miliares portuguesas do tempo de há 47 anos - os de pré-independência de Angola.
As exigências de segurança e manutenção da ordem na cidade, por esse tempo de há 48 anos, não se compaginavam com o reduzidos número de militares operacionais estacionadas na capital do Uíge e recorria-se, por isso mesmo e muitas vezes, à colaboração (mais ou menos voluntária...) de outras especialidades - que não apenas as de atiradores de Cavalaria.
A razão da presença, depois (salvo erro) até de toda a 1ª. CCAC. 5015, quando foi rendida no Songo pela 1ª. CCAV. 8423 (a do capitão Davide Castro Dias), tinha a ver com as escaramuças entre a FNLA e o MPLA, que se repetiam (uma delas, na véspera, como já aqui historiámos), pelo que «houve que reforçar temporariamente o BCAV.», como refere o livro «História da Unidade».
Os furriéis milicianos Cruz e Viegas, na placa central da Avenida do Quitexe |
A «OUA» de fora do
conflito MPLA/FNLA!
A manhã da segunda-feira desse dia 14 de Abril de 1975 foi tempo de, já instalados no conforto do «Katekero», os furriéis Cruz e Viegas descerem a baixa de Luanda - não notando quaisquer sinais que nos fizessem lembrar os recentes e graves conflitos entre a FNLA e o MPLA.
A situação política e militar, porém, era muito preocupante e para mais sabendo-se que a delegação da Organização de Unidade Africana (OUA) estava em Luanda «a fim de se inteirar da situação angolana» e nomeadamente «as lutas entre o MPLA e a FNLA», que, do seu ponto de vista, «ameaça(va)m a passagem pacífica para a independência».
Contudo e «após um protesto do MPLA», os representantes da OUA, segundo nesse dia noticiava o Diário de Lisboa, «asseguraram, com insistência, que a situação política está excluída dos objectivos da missão» e, por outro lado, que qualquer inquérito sobre os incidentes de Luanda «será efectuado separadamente pelos representantes da OUA, integrados na missão».
O MPLA de Agostinho Neto era contra. Um seu dirigente, no sábado anterior, afirmara mesmo que «o movimento se opunha formalmente ao envio para Angola de uma missão da UUA e da ONU afim de investigar in locco as recentes confrontações armadas de Luanda».
O MPLA de Agostinho Neto era contra. Um seu dirigente, no sábado anterior, afirmara mesmo que «o movimento se opunha formalmente ao envio para Angola de uma missão da UUA e da ONU afim de investigar in locco as recentes confrontações armadas de Luanda».
Zalala, faria 71 anos !
O 1º. cabo Adão Luís Correia de Morais, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, faria 71 anos a 14 de Abril de 2023. Faleceu há quase 14 anos.
O 1º. cabo Adão Luís Correia de Morais, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, faria 71 anos a 14 de Abril de 2023. Faleceu há quase 14 anos.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, depois de também ter jornadeado por Vista Alegre/Ponte do Dange (na Estrada do Café, entre a capital Luanda e Carmona) e as cidades de Songo e Carmona. Radicou-se em Bolsa de Cima, lugar da freguesia de Ordem, no município de Lousada - agora União de Freguesias de Cristelos, Boim e Ordem.
Adão Morais, de doença e infelizmente, faleceu a 7 de Agosto de 2009, na sua terra natal e aos 57 anos, e hoje o recordamos com saudade. RIP!!
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