Santos e Castro, Governador Geral de Angola a 25 de Abril de 1974 (a vermelho)
e Soares Carneiro (que o substituiu (a amarelo). Notícia sobre o 25/A, em Luanda (em baixo)
A 26 de Abril de 1974, «todo o Batalhão se sentiu como parte integrante do Movimento das Forças Armadas» - como se lê no Livro da Unidade. Era sexta-feira e, estando previsto fim de semana ao pessoal, o comandante Almeida e Brito reuniu oficiais, sargentos e praças para «explicar o que o MFA pretendia» - em palestras especificamente orientadas para esse fim.
Explicou e não recordo nenhuma reacção especial dos futuros Cavaleiros do Norte, que tinham «datas de embarque marcadas para fins de Maio e princípios de Junho», tal qual veio a acontecer.
Íamos para Angola! Como estaria Angola, por esse tempo?
Recorro-me do Diário de Lisboa, para citar o vice-comandante chefe interino das Forças Armadas, general Francisco Rafael Alves, que à data ainda não tinha conhecimento oficial da revolução de Lisboa e fez saber que «as Forças Armadas que prestam serviço em Angola têm, como é natural, uma missão a cumprir, no teatro de operações onde actuam».
«No comando-chefe, não foi recebida no dia 25 corrente, nem no de hoje, dia 26, até às 18 horas, qualquer comunicação oficial sobre os acontecimentos das metrópole e que, por via dos órgãos de comunicação, tem vindo a ser difundidos através de noticiário apropriado às circunstâncias e ao progressivo desenvolvimento dos factos ocorridos», lia-se no comunicado assinado por Francisco Rafael Alves.
O Governador Geral Santos e Castro (foto à esquerda), de seu lado, recebeu uma nota de demissão da Junta de Salvação Nacional, às 23,30 horas de 26 de Abril. «Amanhã, sábado, às 12 horas, entregarei o Governo Geral de Angola ao encarregado do Governo que me foi indicado, o excelentíssimo secretário geral», comunicou Santos e Castro - pai do agora deputado Ribeiro e Castro (CDS/PP).
Soares Carneiro era o futuro candidato a Presidente da República, então tenente coronel e que desde Novembro de 1972 exercia essas funções, exactamente com Santos e Castro. Neste ano de 1972, era governador do distrito da Lunda e major de patente militar.
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