Sede da FNLA na Avenida do Brasil (de data incerta). Título do Diário de Lisboa
sobre os incidentes da 29 de Abril de 1975. O dr. Custódio Pereira Gomes (em baixo)
«Pode dizer-se que Luanda não dormiu. Os disparos de morteiros, os tiros de canhão, as rajadas de armas automáticas e de metralhadoras pesadas perfuraram a serenidade e o sono dos habitantes da capital angolana», acrescentava o jornal, que citamos, em despacho a partir de Luanda. Era quarta-feira e os incidentes vinham já desde a segunda - primeiramente envolvendo FNLA e MPLA (o que nem era novidade...), mas depois também entre a UNITA e a FNLA, na noite da véspera, quando o avião levantou da pista e a ela voltou, a «fugir» da metralha que rasgava os céus de Luanda.
O povo, na manhã de 30 de Abril de 1975, fazia bichas às portas das padarias e as ambulâncias percorriam a cidade, em direcção aos hospitais. Admitia-se que o número de mortos chegasse às várias dezenas.
Nós, finalmente de regresso a Carmona, fizemos conversa, no avião, com o dr. Custódio Pereira Gomes - que lá era advogado e professor. Ao tempo, era viúvo da professora Maria Augusta Tavares, que não conheci mas era minha conterrânea. Conheci-o (a ele) na véspera, precisamente quando o avião voltou para trás e, furando o recolher obrigatório, fomos a um bar perto da Maianga, à procura de comer.
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