CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 8 de março de 2015

3 053 - Cavaleiros de Zalala à espera da rotação para o Songo


 Aquartelamento de Vista Alegre. O que dele resta(va) em Dezembro de 2012 (foto 
de Carlos Ferreira). Em baixo, o (furriel miliciano) Américo Rodrigues com elementos da 
FNLA, naquela localidade uíjana, há 40 anos. Mais abaixo, 
o capitão Davide Castro Dias, comandante da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala




Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, por estes dias de Março de há 40 anos (1975), continuavam em Vista Alegre (e Ponte do Dange), aguardando ordens para a rotação para o Songo.
Os comandados do capitão miliciano Davide Castro Dias ali tinham chegado em Novembro de 1974, completando a rotação de Zalala no dia 25, «data em que assumiu a responsabilidade da sua nova ZA», assim, sublinha o Livro da Unidade, «ficando deste modo abandonada» a mítica fazenda - «a mais dura ecola de guerra», como era identificada. Aonde tonham chegado a 7 de Junho do mesmo ano de 1974 -  «de acordo com  a ordem de movimento do Quartel General do Comando Chefe das Forças Armadas de Angola».
A 8 de Março de 1975, dois dos 12 jornalistas detidos pela Comissão Nacional de Descolonização, em Luanda, chegaram a Lisboa. Um, de certeza, era João Fernandes, o director da revista «Notícia». Outro, seria Sousa Oliveira, redactor da mesma publicação; ou Penteado dos Reis.
O COPCON não deu informações sobre tal, nem sequer sobre qual seria o seu futuro; ou de quando, a Lisboa, chegariam os restantes detidos. Em Luanda, entretanto, a Associação de Jornalistas de Angola (o sindicato da classe) manifestou-se contra as detenções - assim como da suspensão da revista «Notícia». 
Os jornais Comércio e A Província de Angola, em notas editoriais, discordaram das detenções, mas, a favor, manifestaram-se 47 trabalhadores da área da informação, reunidos na capital Luanda. Assim como jornalistas e colaboradores do jornal ABC e da Emissora Oficial de Angola. E 83 profissionais da Neográfica - a proprietária da revista.
Eram notícias que, ao tempo, demoravam a chegar a Carmona, ao Quitexe e a Vista Alegre (e Ponte do Dange), onde se aquartelavam os Cavaleiros do Norte.

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