Rua Agostinho Neto (em cima), antiga rua capitão Pereira
(em baixo), na cidade de Carmona. O general Luz Cunha
(em baixo), na cidade de Carmona. O general Luz Cunha
Aos dias nove de Março de 1974, no Destacamento do RC4, em Santa Margarida, faziam os Cavaleiros do Norte a sua preparação para a missão que (n)os levaria a Angola. Eram vésperas da chamada Licença de Normas - os dez dias de férias que habitualmente antecediam a partida para a guerra colonial.
O mesmo dia, em Luanda, foi tempo para o Comandante Chefe, o general Luz Cunha, fazer um balanço da actividade operacional da província e, nesse âmbito, dar conta do aparecimento de um novo movimento: a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda - a FLEC.
«Mais um movimento anti-português», disse o general, também dando conta, sobre os homens de Agostinho Neto, que «o MPLA tem vindo a executar, por vezes com certa intensidade, nas faixas fronteiriças com a Zâmbia e em Cabinda, no norte da província, acções esporádicas, caracterizadas quase exclusivamente pela implantação de engenhos explosivos». Enquanto isso, a UNITA (de Jonas Savimbi) «apenas se revelou em acções violentas de pequeno significado».
Não disse o mesmo da FNLA de Holden Roberto, de que fala como UPA, citando-a como, «o grupo terrorista que mais se tem revelado nos últimos meses». A ponto de, e cito o Diário de Lisboa, «com a designação de Governo Revolucionário de Angola no Exílio (GRAE), ter sede própria em Kinshasa, mas «cujas guerrilhas, contudo, se têm limitado a reagir às Forças Armadas Portuguesas».
As baixas sofridas pelos movimentos independentistas, no então último meio ano, chegava às 322. Militares portugueses, morreram 27, no mesmo período.
«O moral das tropas portuguesas em Angola é perfeitamente satisfatório», disse o general Cruz Cunha, há precisamente 41 anos.
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