Carmona, a Rua do Comércio e o popular sinaleiro,
no cruzamento que
dava para a praça dos edifícios públicos. Em baixo, notícia do Diário de
Lisboa sobre o 11 de Março de 1975
O dia 13 de Março de 1975 foi tempo, no tempo dos Cavaleiros do Norte do Uíge angolano, para o MPLA dar conta do seu «apoio solidário ao MFA» e, em Lisboa, era noticiada a prisão de «reaccionários civis, por suspeita de estarem envolvidos no golpe de 11 de Março». Entre eles, 5 elementos da família Espírito Santo, do actual BES: José Manuel Espírito Santo Silva, Carlos António Espírito Santos Silva Melo, Manuel Ricardo Pinheiro Espírito Santo Silva, Jorge Manuel Pinheiro Espírito Santos Silva e Maria Borges Coutinho Espírito Santo Silva.
Todos eles foram para o reduto norte da Cadeia de Caxias e, com eles, também José de Jesus Madeira, Quirino Madeira (redactor da Constituição de 10933), Domingos Samarino Pina, Tomás de Aquino Rodrigues Ciríaco, Manuel Gomes do Couto, António Luís Ricciardi, José Luís Parreira Halireau Roquete e Manuel Sarrinha Marrecos Duarte. Também a de José Carlos Champalimaud e José de Mello (do Grupo CUF).
A lista é bem mais longa, incluindo, segundo o Diário de Lisboa de há precisamente 40 anos, «dezenas de reaccionários presos pelo COPCON». Lista que pode ser vista AQUI.
O apoio do MPLA ao MFA tinha a ver com os acontecimentos de 11 de Março e Paulo Jorge, da Comissão para os Assuntos Exteriores do MPLA, falando em Argel, afirmava a sua «inquietação pela tentativa de golpe de Estado das direitas, em Portugal». «Felizmente - sublinhou o dirigente do MPLA - que o Movimento das Forças Armadas pôde derrotar esta tentativa e salvar, assim, as conquistas da revolução do 25 de Abril e assegurar o processo de descolonização em curso».
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