Prédio do Kiatomo, em Carmona (foto de cima). Notícia de há 40 anos: «FNLA
recruta refugiados no Zaire, para as sua Forças Armadas». no Diário de Lisboa (imagem de baixo)
Há 40 anos, davam-se os primeiros passos da Polícia Militar, na cidade de Carmona e logo se viu que a tarefa não ia ser nada fácil. A tropa era hostilizada pela comunidade civil europeia - os brancos!!!, vá lá saber-se porquê!!!... - e aconteciam pequenos incidentes. Não era excepcional, bem pelo contrário, apelidarem-nos de cobardes, de traidores, de fascistas, sei lá mais do quê.
Avisadas estavam os grupos que faziam PM: não reagir. Amortecer reacções!!! Não conflituar!!! Zelar pela boa conduta dos militares: quando ao comportamento, quanto ao atavio, quando à serenidade. O Livro da Unidade, como por aqui já dissemos e quanto à missão da PM, recorda «procurar, através deste meio, prever a resolução das múltiplas quezílias existentes entre a população civil e as NT, devido à animosidade que aquela tem a estas».
O que na altura se especulava por Carmona era a possibilidade de a zona norte de Angola (onde nós estávamos) vir a ser «invadida» por refugiados no Zaire, militantes e parte deles prováveis combatentes da FNLA.
A leitura, agora, do Diário de Lisboa, permitiu confirmar esse facto - a que daremos pormenor no post de amanhã.
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