PELREC: 1º. cabo Almeida (falecido a 28022009), Messejana, Neves, 1º. cabo Soares,
Florêncio. Silvestre, Marcos, 1º. cabo Pinto, Caixarias e 1º. Florindo (enfermeiro). Em
baixo, 1º. cabo Vicente (falecido a 21 de Janeiro de 1997), furriel Viegas, Francisco,
Leal (falecido a 18/06/2007) 1º. cabo Oliveira (transmissões), 1º. cabo Hipólito, Aurélio
(Barbeiro), Madaleno e furriel Neto
A 2 de Agosto de 1975, um sábado..., estávamos mesmo a fechar as malas para a viagem aérea para Luanda, dizendo adeus a Carmona. Mal me recordo de uma última viagem, à noite e em jeep militar, pela cidade, como que a dizer-lhe adeus. Os cheiros e as cores do farto Uíge iam ficar para trás e, com eles, ficavam enterrados dias de sofrimento e dor, momentos trágicos e violentos, regados a sangue de muita gente inocente. Nem tanto, de outra...
Há, na alma dos Cavaleiros do Norte, sentires diferentes e antagónicos. Por um lado, o de alívio - porque vamos embora e mais perto ficariam as nossas casas e os cheiros das terras que nos derem berço. Por outro, o de preocupação: o que vai ser desta gente, num futuro mais ou menos próximo?
A guerra civil alastrava-se por Angola, embora em Carmona e no Uíge, depois da dramática primeira semana de Junho e da expulsão do MPLA, a situação fosse controlado pelas NT, mesmo com as ameaças e mudanças de humores dos homens da FNLA - e das exigências que faziam, para que lhes fossem dadas armas.
Notícia do Diário de Lisboa de 2 de Agosto de 1975. A FNLA queria cortar Angola em duas partes? |
Cabinda continuava a ser um problema. A 25 de Julho, tinha sido anunciada a constituição de «um Governo Provisório Revolucionário cabindense, presidido por Francisco Tiago», que era o vice-presidente da FLEC. Mas o presidente Ranque Franque «desmentiu a legitimidade e a representatividade de um pretenso Governo Provisório». Proclamaria ele mesmo «a independência completamente teórica do enclave», como se lê no Diário de Lisboa de 2 de Agosto de 1975 e em Kampala, mas sem ser ouvido pelos conferencistas da Cimeira da OUA, ali reunidos. Apenas o presidente Mobutu (Zaire) tentou que «prevalecesse o princípio da auto-determinação de Cabinda», mas sem sucesso. Até hoje.
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