O furriel Viegas e António Cabrita na aldeia do Talambanza, imediatamente
à saída do Quitexe, na Estrada do Café, para Carmona
Notícia do Diário de Lisboa sobre o encontro entre dirigentes do MPLA e da UNITA, previsto para 21 de Agosto de 1975 - hoje se fazem 40 anos |
A imprensa de 21 de Agosto de 1975 dava conta da realização, nesse dia, de um encontro entre dirigentes do MPLA e da UNITA. Em Luanda ou no Lobito, é que ainda não se sabia o local. Sabia-se, isso sim, é que a UNITA tinha estado reunida na véspera, em Silva Porto . mas também nada dela se sabia - «dada a falta de ligações telefónicas».
A situação em Luanda continuava controlada pelo MPLA, mas o Diário de Lisboa desse dia dava conta de «alguns incidentes provocados pela presença de fuzileiros (portugueses) em segurança no porto» - ao tempo fustigado de greves, O MPLA quis por o porto a funcionar e os incidentes «deram lugar a nova paralisação», questão só resolvida com a intervenção d comissão de trabalhadores e do ministério de Economia.
Os Cavaleiros do Norte continuavam os seus dias no Grafanil, com muitas saídas para a cidade - aqui espreitando e vivendo os seus prazeres, embora fossem notórias as faltas de produtos alimentares. Mas sobravam os areais das praias, os banhos de mar e os bares, os gostos lúdicos - tanto quanto possível.
A FNLA continuava no Caxito. O seu exército, o ELNA, tinha avançado até perto de Quifangomdo, mas recuou 15 quilómetros - ante «uma tomada de força das FAPLA». No Lobito, segundo o comunicado da 5ª. Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas (portuguesas), «a noite de ontem foi calma e a vida tende a voltar à normalidade». Em Salazar, «a situação mantém-se estável na cidade». A zona de confronto situava-se entre Ganda e Cacuso. No Luso, os civis começaram a ser evacuados por via aérea. Na província do Cunene, citava o MPLA, «continua a verificar-se grande concentração de efectivos e material de guerra sul-africano, junto à nossa fronteira».
Do Uíge, continuava a não haver notícias. A província da jornada africana dos Cavaleiros do Norte (tal como a do Zaire) continuava controlada pela FNLA.
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