O helicóptero da Força Aérea Portuguesa que foi atingido
pelas forças do MPLA
(foto de Agostinho Belo, furriel da 3ª. CCAV. 8423)
A coluna dos Cavaleiros do Norte, algures entre Carmona e Luanda. Foto do furriel miliciano Agostinho Belo, da 3ª. CCAV. 8423 |
Quarta-feira, 6 de Agosto de 1975! A coluna dos Cavaleiros do Norte retomou a marcha às 7 horas da manhã, no Dondo - a 174 quilómetros de Luanda. Ali parara, seis horas antes, para repouso.
Transcrevo, do Livro da Unidade:
«Às 10,20 horas, foi a coluna sobrevoada por dois aviões Fiat e um heli, com uma reportagem da BBC, para passar Catete às 11 horas e começar a chegar ao Grafanil às 12 horas, aqui com um tempo de escoamento de 45 minutos. Terminou, assim, às 12,45 horas de 6 de Agosto de 1975, o movimento do Batalhão de Cavalaria 8423 de Carmona para Luanda, nos 570 quilómetros de itinerário e no tempo de 58,45 horas, trazendo consigo cerca de 700 a 800 viaturas.
Terminou, assim, a odisseia de milhares de civis que, à chegada a Luanda, choravam por se sentirem salvos».
O último percurso da coluna dos Cavaleiros d o Norte foi entre o Dondo e Luanda, de 174 quilómetros, feitos em 5 horas |
O comunicado da 5ª. Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas da véspera (dia 5 de Agosto de 1975), que só hoje se fazem 40 anos foi conhecido em Luanda, refere que «no cumprimento do plano de retracção das Forças Armadas Portuguesas, foram retiradas as tropas destas duas localidade» - Carmona e Negage. Era a primeira referência oficial ao movimento dos Cavaleiro do Norte e acrescenta(va) que «como é habitual, grande parte da população acompanha a tropa portuguesa».
«A coluna, constituída por centenas de viaturas e que se estende por vários quilómetros, saiu ontem de Carmona e Negage», acrescentava o comunicado. À hora em que foi conhecido em Luanda, já a coluna tinha chegado à capital angolana.
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