CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

3 227 - Desertores da FNLA em Luanda e Cavaleiros à espera

Cavaleiros do Norte a jogar futebol. Reconhecem-se o Grácio (guarda-redes) e 
Miguel Teixeira (quarto e quinto, de pé) e o Cabrita (1º. à esquerda, em 
baixo). E os outros, quem são? Conhecem-se as caras, mas esquecem-se 
os nomes. Quem os identifica?


Notícia do Diário de Lisboa sobre
dois desertores da FNLA que foram treinados
na China, Tunísia e Zaire 
O noticiário de 20 de Agosto de 1975, em Angola, foi marcado pelas declarações de dois desertores da FNLA - Banga Lapas e Fellicien Thelfo - que, numa base do MPLA em Luanda, denunciaram, e cito o Diário de Lisboa, «os métodos a que o movimento de Holden Roberto recorre para angariar carne para canhão e das cumplicidades internacionais, chinesas, inclusive, com que conta para a sua tentativa de implantação do neocolonialismo em Angola» e também a participação de zairenses nas fileiras do ELNA.
Thelpho disse ter sido recrutado em Kinshasa, por uma patrulha do exército de Mobutu, e era comandante da FNLA, tendo denunciado a existência de uma sala de tortura na sede da FNLA do bairro do Cazenga. Teve treino militar no Zaire (na base de Kinkuzu,, durante um ano) e comandou operações de infiltração, precisamente a partir deste país.
Banga foi capturado em Luanda, vindo de Nova Lisboa, e recusou-se participar na troca de prisioneiros - entre os dois movimentos. Ficou no MPLA. No Zaire, afirmou, já tinha sido capturado uma rusga e obrigado a integrar as forças da FNLA. Teve treino militar na Tunísia e China e, no Zaire, instrutores israelitas e zairenses.
Thelpho assumiu-se como zairense e disse também «haver muitos zairenses nessas condições». E mais: «Cheguei a Luanda em nunca ter isto bases da FNLA e território angolano e sem ter aprendido o português». Acrescentou que «só podia comunicar com os angolanos que falavam lingala».
Os Cavaleiros do Norte, cada vez mas próximos do dia da partida, continuavam como unidade de reserva da RMA e praticamente reduzidos a serviços internos, nas instalações do Batalhão de Intendência de Angola (BIA), no Grafanil.

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