Cavaleiros do Norte no Quitexe. Atrás, NN, Canhoto, Miguel, NN (mecânico), Gaiteiro
e NN. A seguir e à esquerda, Picote (mãos nas ancas e a rir), Teixeira (pintor),
NN (parece o Pinto, o atirador), Serra (mãos no cinto), NN (a sorrir), 1º. sargento
Aires (de óculos). alferes Cruz (camisola branca), Frangãos (o Cuba), furriel Morais (de
óculos e a rir), Joaquim Celestino, NN (de braços cruzados, condutor), NN (condutor
e mãos na cintura) e Vicente. À frente, Teixeira (estofador), Marques
(Carpinteiro), Madaleno (atirador) e Esgueira (?)
Notícia do Diário de Lisboa sobre o avanço de tropas sul-africanas sobre a cidade de Sá da Bandeira, depois de Pereira d´Eça e General Roçadas |
As forças eram constituídas 800 homens, «entre os quais alguns mercenários portugueses da ex-PIDE/DGS e ex-comandos moçambicanos», apoiados, segundo o Diário de Lisboa (que citamos), por «meios militares sofisticados, tais como carros blindados, obuses de longo alcance, etc.».
O objectivo seria alcançar Sá da Bandeira, atacando no caminho uma base da Swapo. O MPLA, partir de Brazaville, apontava o dedo às autoridades políticas e militares portuguesas, frisando «a responsabilidade que lhes cabe ainda na direcção do país, até à proclamação da independência». E citava recentes palavras do presidente Agostinho Neto: «O MPLA não pode aceitar que o país seja dividido em pedaços. Apenas o MPLA pode garantir a integridade territorial e a unidade da população de Angola».
A suspensão do Acordo do Alvor, anunciada pelo Alto Comissário Ferreira de Macedo (interino) e que, na prática, conduziu ao fim do Governo de Transição de Angola, não foi aceite pelo movimento de Agostinho Neto e, há precisamente 40 anos, a situação indiciou uma iminente ruptura com o Governo Português, acusado, num comunicado publicado em Luanda, de «a coberto de uma falsa neutralidade (...) permitir que o nosso pais seja invadido pelo exército do Zaire e pelo da África do Sul». Este, a sul (como acima se fala); aquele, a norte, nas províncias do Zaire e do Uíge. O «nosso» Uíge!
O mesmo Governo, sublinhava o comunicado do MPLA, que «assistiu impassível os crime atrozes perpetrados pela FNLA e pela UNITA». De ter consentido «o assassínio em massa de angolanos, torturados até à morte, violados e espancados, até os canibais imperialistas se sentirem satisfeitos» - acusação (de canibalismo) que repetia relativamente à FNLA.
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