CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 4 de fevereiro de 2017

3 662 - Apresentação do 2º. Comandante e Agostinho Neto em Luanda

Equipa de futebol dos dias do Quitexe. De pé, Irineu (clarim?), Afonso Henriques (que hoje faz 65 anos,
 em Mortágua), NN (impedido do comandante?), Jerónimo Sousa e Américo Oliveira. Em baixo, Amaral,
 Calçada, Grácio, NN e Coelho (falecido a 13 de Maio de 2007, vítima de doença e em Penafiel).
Quem ajuda a identificar os NN´s?
O sapador Afonso Henriques e os furriéis milicianos
Neto e Viegas ((Rangers) há 2 anos, em Mortágua


O 4 de Fevereiro de 1975 foi Dia de Feriado Nacional, o do MPLA, «sem expressão na área do BCAV. 8423», assinalando o ataque às prisões de Luanda, em 1961. 
O decreto-lei era do Governo de Transição, fixando os três primeiros feriados de Angola, um por cada movimento: este (o do MPLA), o 15 de Março do mesmo ano (assinalando os ataques generalizados da UPA/FNLA no norte) e 25 de Dezembro (o do ataque da UNITA em Teixeira de Sousa). 
O Diário de Lisboa de 04/02/&1975 repor-
 tou a chegada de Agostinho Neto a Luanda
O decreto-lei foi assinado pelo Alto Comissário, general António da Silva Cardoso, «tendo em consideração o significado histórico da luta de libertação nacional» e determinava que «estes dias passam a ser considerados feriados em todo o território nacional, tendo os trabalhadores direito ao seu salário». 
O dia 4 de Fevereiro de 1975, em termos de Angola, foi também o da chegada de Agostinho Neto, presidente do MPLA, a Luanda, «após mais de 10 anos de ausência», o que o Bureau Político do movimento, segundo a reportagem do Diário de Lisboa, considerou «um acontecimento histórico»
Agostinho Neto, no comunicado dos (seus) dirigentes nacionalistas, era apontado como «aquele que, desde as primeiras horas da luta do povo, soube afrontar as cadeias da PIDE, a tortura, os espancamentos, para defender o direito do povo de Angola, à sua independência e à sua liberdade».
«Chega a Luanda na data mais gloriosa do povo de Angola: a data do início da luta armada», sublinhava o comunicado do MPLA, referindo-se ao 4 de Fevereiro de 1961.


Ornelas Monteiro,
o 2º. Comandante

Um ano antes e no Campo Militar de Santa Margarida, foi tempo de apresentação do major José Luís Jordão Ornelas Monteiro, 2º. comandante do BCAV. 8423.
Fez todo o período de preparação operacional mas, nas vésperas da partida para Angola, foi «desviado» para o Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné, por ordem do MFA. Atingiu a patente de tenente-coronel e faleceu a 16 de Julho de 2011, aos 80 anos e em Lisboa. 
Já tinha estado na Guiné, como major e no BCAV. 2876/COTI, tendo sido condecorado com a medalha de prata de 1ª. classe, atribuída em 1973, por feitos em campanha.
Sapadores da CCS do BCAV. 8423 no encontro de 2015:
Afonso Henriques de Sousa (de Mortágua) e Francisco
Simões Carlos (de Tondela) 

Afonso Henriques,
65 anos em Mortágua!

O Afonso Henriques esta hoje em festa, por chegar aos 65 anos.
Afonso Henriques de Sousa foi soldado sapador da CCS do Cavaleiros do Norte e louvado pelo comandante António Oliveira (capitão), porque «no desempenho da sua especialidade, sempre trabalhou com a maior boa vontade, tudo fazendo para que o seu serviço fosse sempre cada vez mais rendoso». O louvor foi publicado na Ordem de Serviço nº. 168 e sublinha que «do mesmo modo se sentiu no trabalhos que lhe eram destinados fora do seu pelotão, nos quais sempre deu o maior do seu esforço e saber». Conclui que foi «militar muito educado e respeitador» e que «nunca se mostrou o soldado Afonso descontente com as tarefas que lhe foram atribuídas», sendo, por isso, «merecedor do presente louvor».
O Afonso Henriques mora no Seixo, em Mortágua, foi autarca local e trabalhou na Câmara Municipal. Está aposentado e foi organizador do encontro da CCS de 2015.
Grande abraço e parabéns! 

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