CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

3 675 - Agostinho Neto em Cabinda e o socialismo em Angola

Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel e todos furriéis
milicianos: Fernandes (sentado),  Guedes (falecido a 16/04/1998, de doença),
Querido e Belo (que amanhã faz 65 anos no Retaxo, em Castelo Branco)

Quitexe, em 1974, à porta do bar e messe: os furriéis Fer-
 nando Pires, que amanhã faz 65 anos, e Costa (ambos dos
 Morteiros), Graciano, Fernandes (de bigode), Carvalho
 (bigode e boina) e Rocha (bigode) e 1º. sargento Marchã (de
 pé e a despejar um copo sobre o Fernandes). Depois, Cardoso
 (de bigode), Grenha Lopes, Flora (boca tapada pelo Fernan-
des) e Viegas (mão esquerda no ar). Depois, Abrantes (de
 cachimbo), Rabiço, Reino (tapado pela mão do Bento)
 e Bento. à frente do Bento, o Ribeiro  
O dia 16 de Fevereiro de 1975, um do-
mingo, não foi diferente dos que se somavam à comissão do BCAV. 8423, por terras do Uíge. Por essa altura, porém, chegou à 2ª. CCAV. 8423, o alferes miliciano Manuel Meneses Alves. Atirador, viera transferido da CCS do BCAÇ. 4519/73, que operou em Cabinda e Luanda. Foi ele quem, a 13 de Abril de 1975 e em Carmona, corajosa-mente, «actuou de forma rápida, decidida e enérgica», pondo termo a uma manifestação não autorizada, «onde se verificou confronto entre elementos de dois movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via público».
Alferes Manuel Meneses Alves
O determinação do pequeno núcleo de tropas que comandava «não deixou dúvidas», conseguiu «a detenção de dois dos elementos em confronto» e abortou a manifestação. Por tal, foi louvado, em ordem de serviço (nº. 90).
Manuel Meneses Alves regressou a Leiria e foi empresário do sector das carnes, falecendo a 15 de Maio de 2013, vítima de doença cancerosa.

Neto em Cabinda e 
socialismo em Angola

O  presidente Agostinho Neto presidiu a 15 de Fevereiro de 1975 a um comício do MPLA em Cabinda, enclave considerado no Acordo do Alvor como «parte integrante de Angola», numa altura em que «a calma regressa definitivamente a esta capital, após os recontros registados entre guerrilheiros do MPLA e elementos da Facção Chipenda». Por esta capital, conclua-se que a de Angola.
O chefe da Delegação da UNITA em Luanda, por sua vez, declarou em Paris que o seu movimento quer «edificar uma sociedade socialista para a Angola independente». Acrescentou Wilson Santos que «não queremos um socialismo inspirado em países como a China, o Senegal ou o Congo», mas também que «não toleraremos um governo controlado por uma minoria negra ou branca»
Furriel Agostinho Belo

Furriéis Belo e Pires,
23 anos em Angola!

O dia 17 de Fevereiro de 1975, por terras do norte de Angola, foi data do 23º. aniversário de dois furriéis milicianos: o vagomestre Agostinho Belo e o  «morteiro» Fernando Pires.
Furriel Fernando Pires
Agostinho Pires Belo era da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel mas ao tempo já aquartelada no Quitexe. Regressou a Portugal a 11 de Setembro de 1975, ao Retaxo, em Castelo Branco, fez carreira profissional na função pública (Finanças) e goza agora a sua reforma na terra natal.
Fernando Freitas Reimão Pires pertenceu ao Pelotão de Morteiros 4281 e, nesta data, já estava em Carmona - ido do Quitexe. Regressou ao Porto em Julho de 1975 e seguiu carreira militar na GNR, atingindo o posto de sargento mor e com várias missões no estrangeiro. Aposentado, mora em S. Domingos de Rana, em Cascais.
Ambos fazem 65 anos amanhã. Para eles vai o nosso abraço de parabéns, embrulhado no voto de muitos mais e felizes anos!

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