CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

3 664 - Governo responsabilizou MPLA pelos incidentes de Luanda!

Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia e os tenentes Acácio Carreira da Luz (conde-
corado há 42 anos por campanha em África. em Angola 1962-63-64) e João Elóy Mora, na avenida
 do Quitexe e em, frente ao edifício do Comando do BCAV. 8423 - os Cavaleiros do Norte

O agora capitão Acácio Luz, com D. Violontina, num
 encontro da CCS do BCAV. 8423 - a que nunca faltam.

Em baixo, cópia do Livro da Unidade com a condeco-
ração que lhe foi atribuída, pelas campanha em Ando-
la nos anos de 1963-64-65  (OS nº. 45 do BCAV.8423)

Aos 6 dias de Fevereiro de 1975, os Cavaleiros do Norte continuavam expectantes quanto ao seu futuro próximo e nada transpirara da reunião da véspera, dos Comandantes do Comando do Sector do Uíge (CSU), no Songo.
O tempo foi de se saber, pela Ordem de Serviço nº. 45, da condecoração atribuí-
da ao então tenente SGE Acácio Carreira da Luz, chefe da secretaria do Coman-
do: a Medalha Militar Comemorativa das Campanhas do Exército Português, com a legenda ANGOLA 1963-64-65.
O agora capitão Luz está aposentado e tem a bonita idade de 87 anos. Mas não por muito tempo, pois fará viçosas e maduras 88 primaveras já no próximo dia 28 de Março deste ano de 2017 que medra nas nossas vidas. Vive feliz na Marinha Grande, com o grande amor da sua vida, D. Violontina - reunindo 20 pessoas quando se junta a família que geraram: quatro filhos e respectivos cônjuges e 10 netos que são a alegria dos octogenário casal. 
Acácio Luz e a sua «mais-que-tudo» (a nossa Amazona do Norte) são sempre convivas e muito participantes dos encontros anuais da CCS. «Nunca posso faltar, enquanto puder. Gosto de estar convosco, sinto-me mais jovem», já comentou «o nosso tenente», por várias vezes quando, com sapiência, usa da palavra nos encontros que os «sexygenários» Cavaleiros do Norte aplaudem, porque todos dele gostam!
Notícia do Diário de Lisboa
de 6/02/1975  (pág. 12), so-

bre os incidentes de Luanda

Governo de Transição
responsabiliza o MPLA

O Alto Comissário emitiu a 6 de Fevereiro de 1975 um comunicado em que «responsabilizava o MPLA pelos incidentes na zona do Mercado de S. Paulo, no dia 3 de Fevereiro», no qual morreram dois oficias portugueses - o capitão Ramiro José Amaro de Azevedo Pinheiro e o alferes José Domingos Santos -, um sargento da FNLA e 5 civis. Outro capitão português (Manuel Guilherme Carvalho Figueiredo) ficou gravemente ferido - para além de pelo menos 10 feridos ligeiros civis.
Recorte de um jornal de
Luanda, enviado pelo
 ex-combatente (da 8454)
João Dias Bragança
O inquérito ordenado pelo Alto Comissário - e cuja comissão integrava elementos das Forças Armadas Portuguesas, MPLA, FNLA e UNITA, concluiu que «os disparos que provocaram as baixas foram feitos por elementos das FAPLA, que não ficou provada a intenção de provocar vítimas, que não ficou provado que o desencadeamento da acção de fogo tenha sido ordenado».
O comunicado do Alto Comissário António da Silva Cardosos referia também «ser falsa a acusação feita ao comerciante envolvido nos incidentes» e informava que «o Comité Central do MPLA, em face de uma ausência de pormenores que permitam o eventual apuramento de responsabilidades, determinou ao Estado Maior das FAPLA a abertura de um inquérito que venha a esclarecer a verdadeira identidade dos autores dos disparos».
FAPLA era, recordemos, a sigla por que eram conhecidas as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, o braço armado do MPLA. A FNLA tinha o ELNA (o Exército Nacional de Libertação de Angola) e a UNITA as FALA (as Forças Armadas de Libertação de Angola).
Manuel Augusto Nu-
nes, o Amarante


Sapador Nunes
faria 65 anos

O soldado sapador Nunes faria hoje 65 anos. Toda a guarnição o conhecia como o Amarante do Pelotão de Sapadores (do alferes Jaime Ribeiro), da CCS do Batalhão de Cavalaria 8423, os Cavaleiros do Norte, no Quitexe.
Manuel Augusto Nunes, de seu nome completo, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e à sua terra natal de Barreirinho, na freguesia de Gondar, concelho de Amarante. Faleceu em Telões, também de Amarante, onde residia, vítima de doença e a 24 de Maio de 2000 - há quase 17 anos. 
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!!

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