CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

3 672 - Extinção do Comando de Sector e o povo no... poder!

PELREC num momento de saída do Quitexe. De pé, 1º. cabo Almeida (falecido a 28/Fev./09, em Penamacor,
de doença), Messejana (f. 27/Nov./09, em Lisboa, de doença), Neves, 1º. cabo Soares, António, Florêncio,
Marcos, 1º. cabo Pinto, Raul Caixarias (que hoje faz 65 anos) e 1º. cabo Florindo (enfermeiro). Em baixo,
 1º. cabo Vicente (F. a 21/Jan./97, em Vila Moreira, Alcanena), furriel Viegas, Francisco, Leal (f. 08/Jun./07,
de doença e em Pombal), 1º. cabo Oliveira (TRMS) e Hipólito, Aurélio (Barbeiro), Madaleno e furriel Neto
O furriel miliciano Américo Rodrigues,
 da 1ª. CCAV. 8423, nas traseiras do edifício
 da ZMN. em Carmona (1975)


O dia 13 de Fevereiro de 1975, pelos lados uíjanos de Angola, ficou especialmente marcado pela extinção do Comando do Sector do Uíge (CSU), de que directamente dependia o Batalhão de Cavalaria 8423.
«A actividade militar do BCAV. teve duas mudanças distintas, pois que, dada a extinção do Comando do Sector do Uúge (CSU), em 13 de Fevereiro de 1975, nessa data passou à dependência da ZMN», - a Zona Militar Norte -, relata o Livro da Unidade dos Cavaleiros do Norte.
O mesmo Livro da Unidade - que citamos - acrescenta também que o BCAV. 8423, o dos Cavaleiros do Norte (e como na data própria assinalámos), «a partir de 7 de Fevereiro deixou de executar a escolta à Estrada do Café», que era um serviço «assaz desgastante para o pessoal e as viaturas e que não conduzia a qualquer finalidade prática».
Notícia do Diário de Lisboa de 13/02/1975

Democracia só com
o povo no poder!

A quinta-feira de há 42 anos foi tempo para, ao Quitexe - assim como a Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange - e pela imprensa de Luanda e de Lisboa, chegarem notícias da conferência da Agostinho Neto, presidente do MPLA, nomeadamente afirmando que «para nós, como o povo no poder, é que pode haver democracia». 
«Se assim não for, será como no tempo do colonialismo», acrescentou Neto, frisando que «o povo angolano que lutou de armas na mão durante 14 anos, não vai consentir agora alguma opressão».
O presidente revelou estar a tratar da integração dos dissidentes da Revolta Activa (Gentil Viana e os irmãos Mário e Joaquim Pinto de Andrade já estavam em Luanda desde o dia 3, mas, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «atacou frontalmente a existência no país do Grupo Chipenda que, dispondo de uma força armada, pode ser, na sua opinião, um fonte de conflitos armados».
Agostinho Neto sublinhou na conferência de imprensa, esperar que o Governo de Transição «encontre rapidamente uma solução para o problema, que está a inquietar todos os angolanos amante da paz e da concórdia».

O Raúl Caixaria a festejar 65 anos,
 a 3 de Fevereiro de 2017, com a
sua Alzira. A 17, festeja o registo!

Os 65 anos do
Raúl Caixarias

O Caixaria faz 65 anos a 14 de Fevereiro de 2017. Mas a verdade, curiosamente, é que nasceu a 3 de Fevereiro de 1952! Como assim?
Raúl Henriques Caixaria foi atirador de Cavalaria do PELREC da CCS dos Cavaleiros do Norte e com a CCS regressou à sua Sarge natal, em Torres Vedras. A 8 de Setembro de 1975. Por lá fez vida, na Rua do Brejo, constituiu família (com a sua Alzira e o filho Jorge) e é avô, agora já reformado. 
Caixaria em 1975
O Raúl Caixaria é um dos singulares casos de Cavaleiros do Norte com dois dias de nascimento, um deles a 14 de Fevereiro, curiosamente o dia dos namorados (quando foi oficialmente registado, em 1952), e outro a 3 do mesmo mês - o dia em que efectivamente nasceu. Assim era, muitas vezes e por aquele tempo de 1952, com  muitas famílias que, por uma razão ou outra, atrasavam o registo e depois davam outra data de nascimento. Há 65 anos!!! Parabéns e muitos mais duplos anos!!!

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