CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

3 684 - Apresentação do alferes Cruz, acusações do MPLA a Chipenda

Os milicianos furriel Manuel Machado e alferes António Albano Cruz
num das muitas saídas do Quitexe para manutenção de armas e
 equipamentos de transporte das subunidades do BCAV. 8423


Os alferes milicianos António Garcia e António Cruz
 na Fazenda Vamba, numa das muitas saídas dos Cava-

leiros do Norte, sob escolta do PELREC, em 1974/75
O futuro alferes miliciano Cruz apresentou-se no RC4 e no BCAV. 8423 a 24 de Fevereiro de 1974 - há precisamente 43 anos!
António Albano Araújo de Sousa Cruz, ao tempo morador em Aldoar, no Porto, era (e é) natural de Santo Tirso, onde reside. Apresentou-se nesse dia de há 43 anos, oriundo da Companhia Divisionária de Material Militar (CDMM), no Entroncamento. 
Ordem de Serviço nº. 50 do RC4, 
de 1 de Março de 1974, com a
 apresentação do alferes António Cruz
O então aspirante a oficial miliciano era licenciado em engenharia mecânica e recém-casado - com a médica dra. Margarida Cruz, que o acompanhou na jornada angolana do Uíge e foi professora na escola do Quitexe.
Tinha feito a sua formação e especialização militar na Escola Prática de Serviço de Material (EPSM), em Sacavém, e apresentou-se no Regimento de Cavalaria nº. 4, em Santa Margarida, às 19 horas desse domingo, «por ter sido nomeado para servir no ultramar, com destino à CCS do BCAV. 8423». 
Poucos futuros Cavaleiros do Norte por lá encontrou, a não ser alguns quadros profissionais e uns poucos especialistas, já que o grosso do militares (praças) tinha acabado de entrar de férias, após «a chamada instrução especial». Só voltariam ao Destacamento do RC4 no dia 4 de Março seguinte, prosseguindo a preparação operacional que antecipava a partida para o teatro de guerra para que estavam mobilizados - para Angola. O que, no caso da CCS, só viria a acontecer a 29 de Maio desse ano de 1974.

Facção Chipenda e o MPLA

Um ano depois, precisamente, o comandante Almeida e Brito voltou a reunir em Carmona (para tratar da rotação do BCAV. 8423) e o Estado Maior das FAPLA, o exército do MPLA, através de comunicado, comentou a integração de Daniel Chipenda na FNLA.
«As forças imperialistas postas ao serviço do sr. Daniel Chipenda não eram o resultado de uma revolta e muito menos constituíam uma «dissidência» no seio do MPLA. Pelo contrário - provam-nos os factos agora - estas forças constituíram sempre um corpo estranho imposto pelo imperialismo no seio do seu movimento, para criar confusão política e praticar actos de diversão militar», sublinhava o comunicado do MPLA, afirmando as FAPLA como «prontas a ripostar com a necessária violência revolucionária, a todas as agressões políticas ou militares, visando roubar o povo angolano das conquistas realizadas durante a luta armada de libertação de Angola».
Emblema da 2ª. CCAV. 8423

Os 23 anos do 1º. cabo
Balha da 2ª. CCAV.

O 1º. cabo Balha fez 23 anos a 24 de Fevereiro de 1975, quando jornadeava pelo norte de Angola.
Fernando Balha Ferreira, de seu nome completo, foi um discreto e eficiente atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Manuel Cruz, e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, sendo recebido em festa na sua terra natal, em Cabecinhas, na freguesia da Lamorosa, concelho de Coruche. 
Fixou-se ali por perto, na povoação de Salgueiro, por ali fez vida profissional e familiar e comemora hoje nada mais nada menos que 65 anos. Dia 24 de Fevereiro de 2017. Parabéns!

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