O hospital da cidade de Carmona recebeu e tratou muitos feridos dos sangrentos combates do Uíge de 1975 | Imagem dos incidentes de Carmona, há 50 anos!!! |
O dia 4 de Junho de 1975 foi o quarto dos dramáticos combates de Carmona e o quarto da acção operacional permanente dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 - já desde a madrugada de 1 de Junho. Há 50 anos! «A aparente estabilidade da situação em Carmona rompeu-se brutalmente nas últimas 24 horas, com uma fulminante e sangrenta caça ao homem, lançada pelos comandos de Holden Roberto, contra militares e civis do MPLA», noticiava a imprensa. Bem nos lembramos disso, como actores vivos e operacionais desses dias de tragédia, violência e lutos! A memória, recuando ao tempo, não esquece os momentos trágicos vividos nas ruas e bairros envolventes da cidade de Carmona, onde se «achavam» corpos esquartejados, assassinados a tiro e armas brancas, alguns deles queimados (há quem diga que ainda vivos, ainda alguns). «A ofensiva coincide com ataques dispersos do ELNA, em Cabinda, e representava uma grave deterioração da situação militar e um pesado fracasso para as diligências das missões quadripartidas que voaram para Carmona no princípio da semana e julgavam ter reposto a ordem», noticiava o (extinto) «Diário de Lisboa», acrescentando que «a matança prossegue em Carmona». «Ninguém dispõe ainda do número de mortos, feridos, presos e desaparecidos, mas as vítimas serão já muitas dezenas. As ruas estão cheias de cadáveres», sublinhava o jornal lisboate, em despacho de Luanda, frisando também que «os comandos a FNLA invadiram e destruíram as casas de dezenas de simpatizantes do MPLA, matando muitos deles, espancando e raptando outros». Já lá vão 50 anos! |
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