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Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: NN, Campos, alferes Lains dos Santos, furriel José Nascimento e Casimiro. Em baixo, Ruizinho e NN. Quem identifica estes (NN) antigos combatentes? |
A Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS) do Quitexe reuniu a 19 de Junho de 1974.
Há 51 anos!
«Tiveram lugar as normais reuniões», lê-se no livro «História da Unidade», apontando também o dia 26 (seguinte).
Os Cavaleiros do Norte adaptavam-se à sua vida operacional e criavam empatias com as autoridades e população local.
Os Cavaleiros do Norte adaptavam-se à sua vida operacional e criavam empatias com as autoridades e população local.
O mesmo acontecia em Aldeia Viçosa, vila onde estava aquartelada a 2ª. CCAV. 8423 (a do capitão miliciano José Manuel Cruz) e nas Fazendas Zalala e Santa Isabel, espaços, respectivamente, da 1ª. CCAV. 8423 (do capitão miliciano Davide Castro Dias) e da 3ª. CCAV. 8423 (do capitão miliciano José Paulo Fernandes).
O BCAÇ. 4211 já partira, fazia alguns dias, e a responsabilidade da ZA desde 14 que era integralmente assumida pelo BCAV. 8423. Almeida e Brito, o comandante, conhecia bem a zona (ali foi oficial adjunto do BCAV. 1917, em 1968) e inspirava confiança ilimitada aos debutantes combatentes.
«Maçaricos», assim eram identificados na gíria militar.Mulheres de seios nus e com
filhos pendurados nas costas!
Era quarta-feira e o PELREC teve um patrulhamento apeado - o primeiro!... - , depois de largado na estrada para Carmona e na aldeia do Quitoque - galgando esta, onde os jovens combatentes viram as primeiras mulheres negras de seios nus e filhos pendurados nas costas, algumas a mascar tabaco..., depois caminhando por lavras adentro e pelos primeiros e temidos trilhos da mata, numa operação diurna que serviu de adaptação e de moer de alguns medos.
Ao dia, não sabíamos, mas desde a véspera que Richard Nixon, Presidente dos Estados Unidos, estava nos Açores para debater com António Spínola (PR de Portugal) a questão das colónias portuguesas. As conversações iam começar precisamente nesse dia 19 de Junho de há 51 anos.
Era a Cimeira dos Açores!
Um ano depois, Junho de 1975, era a do Quénia - entre os três movimentos de libertação, buscando a paz que as armas «matavam» na terra da Angola que tinha independência marcada para 11 de Novembro desse 1975. O desarmamento dos civis e a expulsão de todos os elementos da ex-PIDE/DGS (com julgamento dos angolanos a ela ligados e sua reeducação nacionalista) e a acção do Governo e as suas implicações político-económicas foram temas das negociações da véspera.
Carmona e o Uíge tranquilizavam-se militarmente, embora levedassem dúvidas sobre o futuro - particularmente da comunidade europeia branca. Continuavam as deficiências de abastecimento, logo por isso as carências logísticas, e as NT, sem grande descanso, procuravam assegurar «a liberdade de itinerários» - que, na prática, dependia da sua acção no terreno.
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