CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 17 de junho de 2025

- Há 51 anos: Contra-subversão e acção psicológica pelas bandas do Quitexe !

O que «sobrava» do edifício do Comando e parada do BCAV. 8423, a 29 de Setembro
de 2019. Ao fundo e esquerda, a Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe

O Clube do Quitexe (em 1974)

O dia 17 de Junho de há 51 anos, no distante 1974 da revolução de Abril e com os Cavaleiros do Norte ainda «maçaricos» pelo Uíge angolano, o comandante do Batalhão de Cavalaria 8423, tenente coronel Almeida e Brito, reuniu com a comunidade civil do Quitexe, no Clube da vila e «com vista a preparar e mentalizar as populações para o Programa do MFA».
Por comunidade civil, entenda-se e citamos o livro «História da Unidade», «os comerciantes e autoridades tradicionais».
Ao tempo, de resto, fez «variadíssimas reuniões de trabalho» para esse mesmo efeito. E compreendiam-se: havia muitas dúvidas sobre o programa do MFA e muitas mais quanto ao futuro dos residentes, naturais ou principalmente dos cidadãos metropolitanos - os chamados colonos.
O tempo foi também para «melhorar os itinerários do Sub-Sector», por isso mesmo e de novo citando o «HdU», «entraram em curso a reparação dos itinerários Vista Alegre-Ponte do Dange (na Estrada do Café) e a picada para a Fazenda Santa Isabel».
O Clube do Quitexe (em 2019)
 

Os novos ventos
da História!

A Comissão Local de Contra-Subversão reunia normalmente e nesse dia 17 de Junho de 1974 «esteve», com espírito diferente.
Até aí, agia directamente junto das populações, através de acção psicológica e visando influenciar o seu comportamento, no sentido de «promover uma maior fixação no território e de negar o apoio a elementos infiltrados do exterior» - o clássico inimigo, o IN. Era uma espécie de braço civil não armado (com militares) de apoio às Forças Armadas.
Assim era no Quitexe, mas deixou de ser, para os militares explicarem os novos ventos da história.
Os Cavaleiros do Norte tinham chegado a 6 de Junho (ao Quitexe) e só a 14 assumiram a responsabilidade da sua Zona de Acção. Compreende-se, por isso, o ritmo de reuniões com a CLCS (a 19 e 26 de Junho de 1974), com os comerciantes e população da vila (a 17) e as autoridades tradicionais (22 e 29). Anunciavam ao que vinha o Programa do MFA e apresentavam a suas credenciais.

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